As melhores escolhas que
eu fiz foram aquelas que eu tomei sem saber direito o porquê, aquelas que algo
dentro de mim pedia para que eu as fizesse. Foram aquelas escolhas meio tortas,
meio loucas, aquelas que contrariavam a sociedade de alguma forma. E foram
nesses momentos, em que eu decidi perder o controle sobre a vida, que eu
descobri que muitas vezes é preciso perder-se para se encontrar.
Foi quando tomei as decisões mais estúpidas e menos lógicas, que
senti as melhores sensações: alívio, liberdade e segurança. Alívio por sair de
perto do que me fazia mal ou chegar mais perto do que me fazia bem. Liberdade
de poder fazer da minha vida o que eu quisesse e não o que as idiotas regras
sociais achavam certas. E segurança por saber que, por mais descontrolada que
parecesse a situação, eu só dependia de mim mesma para fazer as coisas se
acertarem.
Quando eu perdi o chão, descobri que tinha
asas para voar, que eu não precisava ficar presa dentro do mesmo ninho a vida
inteira e que existiam infinitas árvores, das quais eu podia escolher em qual
queria ficar. Descobri o lado bom do frio na barriga, e a recompensa
inexplicável de superará-lo. Percebi que meu medo não é nada perto da minha
coragem e que quem não tem auto-confiança não tem nada.
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