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terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Gravidez adotiva

Realmente não é a mesma coisa ter um filho biológico e um adotivo. Um filho biológico, dificilmente, vai ter sexo ou uma doença, transtorno ou coisa assim, escolhidos. Um filho adotivo não tem como vir sem querer, não tem como abortar e nunca é fruto de um descuido. Não se toma pílula do dia seguinte para impedir uma gravidez adotiva. Em quase todos os casos, os filhos são doados ou abandonados por mães biológicas, e são as mães adotivas que doam a atenção, cuidado e amor. Nem sempre uma mãe ama o filho que saiu da sua barriga, no entanto, dificilmente, uma mãe adotiva não vai amar seu filho com todas as suas forças. Numa gravidez adotiva não há dor, contrações, enjoos, não há como não desejá-la, ou ficar se perguntando o porquê dela ter acontecido naquele momento. Também não se tem a sensação de carregar uma vida no ventre, contudo a de dar uma nova vida à um serzinho que agora é carregado no coração. E apesar de opiniões contrárias, existem coisas em comum. Como um filho biológico, um filho adotivo não nasce amando sua mãe, ele tem um vínculo de necessidade. O amor é cultural, se aprende. Filhos dão trabalho, ficam doentes, sorriem lindamente, dizem eu te amo, brigam, desobedecem, dizem que odeiam os pais, pedem desculpas, batem a porta do quarto, tiram notas boas, fazem cartinhas nas datas comemorativas, ficam de recuperação, são ingratos, dão orgulho, pedem irmãos, dizem que não queriam ter irmãos, fazem as mães ficarem com vontade de mordê-los, quando são bebês, por fofura e de raiva, quando adolescentes, sendo eles biológicos ou adotivos. Eu não sou mãe, sou, apenas, filha. E pretendo ter filhos, apenas, filhos; já que biológicos e adotivos são adjetivos que não deviam ser utilizados para caracterizar a única coisa que importa na construção de uma família: o amor.

Frases... [215]

"Cuidado para não chamar de inteligentes apenas aqueles que pensam como você." [Ugo Ojetti]

terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

I love it

Calor, eu sei que no inverno as pessoas estavam pedindo um pouco de você, estavam querendo uma praia e uma piscina com dia quente e ensolarado e você se empolgou e veio com a corda toda e agora o pessoal todo tá de saco cheio e implorando para o frio voltar. 

Mas calma, que além de ninguém saber o que quer e sempre reclamar do tempo porque, afinal, não deixa de ser um assunto para quando não há nenhum mais polêmico para se comentar nas redes sociais ou no ponto de ônibus, eu estou aqui do seu lado para te apoiar e inclusive não estou preparada para ver você partir. 

Não são boas lembranças o meu nariz gelado vinte e quatro horas por dia e os meus braços doendo de tanta roupa que precisei vestir, as quais, por sua vez, não conseguem secar, pois são pesadas e não temos você para ajudá-las. Aliás, eu gosto muito de sair do trabalho quando ainda está dia, chegar em casa e ter certeza que louça e pia vão estar sequinhas, que eu posso ser desastrada e derrubar coisas no chão, pois a água vai secar logo e que, por falar em água, com você, não fico em uma luta constante comigo mesma para criar coragem para colocar a mão neste precioso líquido. Me deixa muito feliz não precisar tentar me esquivar das ventanias, não sentir que meu pé está envolto num cubo de gelo, sem falar que meu nível de desastres já é, suficientemente, constrangedor com poucas roupas para eu esbarrar nas coisas, não é preciso adicionar mais. 

Além disso prefiro ir ao Jardim Botânico (leia-se meu lugar favorito da cidade) com essa sua temperatura elevada, as árvores já o deixam fresquinho e eu não aprecio grama úmida para se deitar. Também não sou fã de luvas, toucas e nem de desenhar ou digitar com os dedos pouco flexíveis, muito menos passar eras secando o meu cabelo, porque o tempo não consegue fazer isso por mim. 

Entre outras coisas, como o fato do meu poder aquisitivo não permitir que eu fique embaixo das cobertas, de pijama, tomando chá ou chocolate quente o dia todo, eu digo com todo o carinho do mundo: querido verão, fique o tempo que quiser!

sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

Sem analogias e enrolações

A vida é uma passagem. Um dia todos vamos morrer. Não há o que discutir. Nela a maioria das coisas são mutáveis, apesar de grande parte não poder se transformar da noite pro dia. Sendo assim, há de se concordar que não aproveitar o hoje é uma grande perda de tempo, independente por qual motivo seja. O que fazemos da nossa vida é responsabilidade nossa, não culpa, responsabilidade. Atos geram consequências, em qualquer momento da vida que seja. Por mais duro que pareça, cada um é obrigado a ficar com seus próprios resultados. Como nem tudo é tão ruim quanto parece, existe o perdão. Ou seja, incrivelmente se pode errar, aceitar as consequências deste, perdoar a si mesmo e continuar em frente. Ou até mesmo, pode-se ter um passado não tão bom, quando olhado do presente, e mesmo assim ter um hoje, amanhã e depois-de-amanhã bem legais. E também pode-se achar que isso tudo é uma grande bobagem e continuar acreditando no que bem entender.

Frases... [214]

“A ignorância é a mãe das tradições.” [Barão de Montesquieu]