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segunda-feira, 24 de novembro de 2014

Simpatia para ser feliz no próximo ano

Percebendo que estamos na última semana do mês de Novembro e que, quando menos percebermos, Janeiro já estará aí, trazendo um ano novinho em folha pela frente, decidi compartilhar uma simpatia para atrair felicidade que tem dado certo comigo, durante alguns ano. 

É uma simpatia de apenas três passos e que não exigem nenhum gasto financeiro, nenhuma cor de roupa e nenhuma erva difícil de encontrar. Aí vão eles:

 1. Foque-se em você mesmo. Em primeiro lugar, ame-se. Se eu fosse resumir essa simpatia em apenas um tópico, com certeza seria: tenha amor-próprio. Antes de tomar qualquer decisão pense em você, no que vai te deixar melhor, se tiver que decidir por um sacrifício, que seja momentâneo, e que o faça sentir-se satisfeito depois de concluí-lo. E, segundo, encontre em você a solução para seus problemas. Antes de apontar o dedo para os atos alheios que o prejudicam, aponte os seus próprios erros. Mas não se culpe. Faça isso para saber onde você precisa melhorar... Seja no relacionamento com a família e amigos, seja no ramo profissional, seja na vida afetiva, foque-se em você, se conheça, trace metas, e as alcance corrigindo-se a si próprio.

2. Encontre prazer no que você faz. O seu trabalho pode não ser o melhor do mundo, porém também não é o pior. Encontre o que é bom nele, se é a conversa com algum colega de trabalho, se é estar na profissão que gostaria ou se seu trabalho atual está te levando mais perto da profissão que sonha; se são os clientes/pacientes que atende, os alunos que ensina, o cafezinho que a tia da limpeza faz... Não importa quão pequeno seja, algum ponto positivo seu trabalho vai ter. E não só ele. Encontre prazer em cada ação do dia que você conseguir. Se o trânsito congestionar aproveite para ouvir uma música que gosta. Lavar a louça e limpar a casa não são as atividades favoritas da maioria das pessoas, contudo, quem não gosta de ter uma casa limpinha e cheirosa? Cozinhe o que você gosta ou o que o te faça sentir-se um chefe de cozinha, mesmo que seja um sanduíche com uma vitamina que você inventou com tudo que tinha na geladeira. Aproveite para sentir satisfação nas pequenas tarefas: se vestir, olhar no espelho e pensar em como você está elegante ou estiloso, hoje; tomar um banho e se desconectar do mundo, trocar um sms com um amigo ou com um amor que o faça sorrir. Dê valor à sua vida!

3. Não cuide da vida dos outros. Essa é pra fechar com chave de ouro a minha simpatia, já que nem mesmo seria possível realizar os outros dois passos cuidando da vida alheia. De nada adianta ficar cuidando de uma vida que não é a sua, isso não passa de um enorme desperdício de tempo. Assim como de nada adianta se comparar com os outros ou invejá-los. Mais desperdício de tempo. A única vida que pode tornar seus dias melhores é a sua. 

Por isso concentre-se nos dois primeiros passos, sem esquecer do terceiro e seja feliz, no próximo ano, hoje e sempre.

quarta-feira, 22 de outubro de 2014

O mundo está preso

O mundo está perdido. Esta é uma frase que qualquer pessoa já deve ter se pego falando ou, ao menos, pensando, pelo menos uma vez, nestes últimos anos. E por que o mundo está perdido? Ou seria em que? Este, certamente, é o ponto em que está a divergência - os motivos - e é nesta divergência que o mundo está perdido. O mundo está perdido no meio das pessoas que buscam felicidade e das que buscam poder.

As que buscam felicidade são as que querem um mundo, realmente, melhor para todos os que vivem nele, repleto de liberdade, em que cada um possa ser quem quiser; as que almejam evolução nos mais variados sentidos e não pensam em retroceder aos tempos que já se passaram. O segundo grupo, por sua vez, concorda que, nos tempos antigos, tudo era diferente e que seria melhor, se voltasse a ser daquela forma, mas, por outro lado, não quer do passado os aspectos que não lhe trazem benefício algum.

Para este último grupo, antigamente, não existiam tantos homossexuais, ou pelo menos, não tinha tanta "sem-vergonhice" à mostra. Crê-se, assim, que estas pessoas nunca estudaram história, muito menos tenham realizado pesquisas sobre o tema; entende-se, também, que os seres humanos adoram sofrer preconceito, ter medo de apanhar ao caminhar, nas ruas, e ser rejeitado pela família; por isso há tantos gays. 

Além disso, para este grupo, o mundo está perdido por causa dos inúmeros casos de gravidez na adolescência. Contudo, com quantos anos nossas avós engravidaram? E nossas mães, tias, madrinhas? Ah, mas naquele tempo era diferente, elas casavam. Sim, naquele tempo, elas não tinham a opção de escolher o que era melhor para si e para seus filhos, elas deviam ficar para sempre presas ao seu marido, mesmo que ele fosse violento, ou não as fizessem bem. E quando a escolha se trata de se fazer um filho para os avós cuidarem? Isso seria uma contrapartida interessante deste grupo, porém, se antes isso não acontecia, como há tantas pessoas que foram criadas por seus avós?

Outro ponto importante para o mundo estar perdido, segundo este grupo, é a falta de religião. Ou seja, quando o sistema governamental era dirigido pelo clero, não havia problemas, tudo estava dentro da perfeita ordem, todos estavam felizes, todos podiam crescer e buscar melhoria de condições. Ademais, os países com liberdade religiosa, inclusive, com grande população ateia, e governo laico, como Suécia e Reino Unido, são, de longe, Estados mais violentos e com mais problemas sociais, que países como o Brasil e a Palestina, não?

Em contrapartida, pergunte a pessoas deste grupo se elas querem largar seus Ipads, Ipods, Iphones, máquinas de lavar roupa e louça, televisões a cores, etc. Para que largar se o mundo evoluiu? Mas, antigamente, o mundo não era melhor? E  por isso que este é o grupo dos que buscam o poder, o grupo dos antigos reis soberanos, dos déspotas esclarecidos, dos governantes corruptos, o grupo dos que só pensam em se auto-favorecer, que não querem um mundo em crescimento, pois isso seria dividir poder com muita gente. Claro que neste grupo há também os servos, que não sabem pra quê ou por quem estão lutando e todavia continuam na comodidade de não saber, defendendo ideais furados, com ênfase.

E assim, o mundo continua perdido, ou preso, por melhor dizer. Preso no preconceito, infeliz e inacreditavelmente, passado de geração a geração, segurando o mundo que quer buscar a felicidade, dia após dia, que se preocupa com o bem estar e a segurança pública, com o respeito às tradições, à religiosidade, à liberdade de expressão, que não quer combater a oposição, por combater; mas que quer discutir para um bem geral, lutar contra a desigualdade, e que sabe que o mundo não está lá como deveria estar, mas que quer andar para frente para resolver o que é preciso, buscando fazer com que o mundo se encontre, ao invés de continuar se perdendo ainda mais.

quinta-feira, 31 de julho de 2014

Baile com a vida

Seja mais humilde e gentil consigo mesmo e se permita ver o quanto a vida é bela. Mas bela mesmo, bela de verdade, que caminha com tanta graciosidade que mal se pode acreditar. Aceite o que você tem em mãos, seja um problema difícil para solucionar ou uma pilha de trabalhos para fazer. Não se descabele, os dias vão passar, a vida vai correr. Faça uma coisa de cada vez, vida um minuto de cada vez. Não guarde tudo na cabeça, pegue uma agenda, uma folha de papel, um pedaço de guardanapo, seja o que for, e anote o que você vai fazer, hoje. Lembre-se de que você precisa comer, tomar banho, descansar um pouco (sim, descansar um pouco), e então escreva ali o que você pode cumprir, e o faça. Então no próximo dia, faça, novamente. Perceba que aquele problema enorme, virou vários pedacinhos de problema que você pode resolver em um dia, e que a pilha de trabalhos virou um trabalho de cada vez. E assim, os dias passarão, e a vida fará sua tarefa de ser natural e leve. Todavia, não deixe que a vida só passe. Olhe para ela, a aprecie, a abrace também e até dê um cheiro, se for possível. Tenha também um dia gostoso, todos os dias. Se um dia sair errado, tudo bem, aproveite o próximo. Contudo não queira que tudo passe rápido e termine logo, pois a vida faz isso, naturalmente, e uma hora ou outra, tudo vai acabar para todos. E de que adianta que os tempos ruins terminem logo, se terminarem com eles todos os momentos bons que estavam escondidos no meio? Não se deixe cegar. Deixe-se enxergar. Faça a sua parte, um dia de cada vez, sem ambição de mais, nem de menos, e vá caminhando, graciosamente, junto com a vida, e perceba mais uma vez o quanto ela é bela, e como abre caminhos com a força e a leveza de uma bailarina. Baile com ela, e se permita, mais uma vez, ser gentil com você mesmo, como uma xícara de chocolate quente, que é doce e aquece, num frio de doer que faz congelar todos os dedos do pé.

quarta-feira, 23 de julho de 2014

A imortalidade dos mortais

A morte, como tudo que se desconhece, parcial ou completamente, é um tabu, no entanto, estive sempre ciente de que não há porque temê-la, de que ela é natural, e vai acontecer para todo mundo. Sempre ouvi minha mãe me dizer que a morte é covarde e sempre joga a culpa em algo, seja uma doença, acidente, crime ou idade, e, por mais que ela não seja uma estudiosa da área, sei que esta certa, pois a morte chega para todo mundo, é uma verdade inquestionável.

Nós, achamos que conhecemos a "Lei natural da vida", na qual os mais velhos morrem antes, os filhos enterram os pais. Mas é isto mesmo? Para a morte não há idade, morrem bebês, crianças, adolescentes, jovens, adultos, idosos, todo o tempo. A lei natural da vida é que todos encontrem o fim do seu ciclo. E ninguém sabe o tamanho do seu ciclo, sendo assim, não tem como saber quando chegará ao final.

John Green escreveu em "A culpa é das estrelas", "Alguns infinitos são maiores que outros", e a vida está realmente repleta de infinitos, feitos de pequenos momentos, mas que são imortais em nossas memórias. Alguns infinitos são tristezas que parecem que não vão terminar nunca, outros são alegrias tão intensas que parecem que nunca terão fim, há infinitos escondidos no sabor de uma comida que será sentido, talvez, apenas uma vez, numa roupa que te fez perceber a beleza que há em você e no sol que renasce todos os dias, mesmo por trás das nuvens. Há infinitos guardados na rotina e na quebra dela. Ninguém provou se há infinito além desta vida. O que todos sabem é que neste planeta, qualquer coisas que nasce, morre. Sejam as plantas, os animais terrestres, aquáticos, sejamos nós, os meros mortais.

Ao mesmo tempo, há a famosa frase "Nada se cria, tudo se transforma". Uma semente que morre, deixa lugar para uma flor, que por sua vez, murcha e vira adubo para aquele solo que lhe acolheu, para que se acolha outra vida no local, que também cumprirá seu ciclo. E assim, com todos os elementos do globo: um dá lugar ao outro, se transforma em outro, morre, mas morre com a importância de dar continuidade ao ciclo da vida.

A nossa sorte, é que não precisamos morrer para uma flor crescer no coração de alguém, ou padecer para adubar o conhecimento. E também, certamente, quando o nosso fim chegar, não será em vão, certamente, não seremos exceções, nossa morte também será parte importante neste ciclo. Nos transformaremos, seja numa lembrança boa, numa imortal saudade, numa motivação sem igual ou um exemplo que tratá o sucesso para alguém.

quarta-feira, 2 de julho de 2014

Com "M" de Mulher e não "C" de Corpo

Definitivamente não é qualquer um que consegue enxergar a beleza de uma Mulher. Digo isso porque é muito fácil encontrar, pela rua, caras que são atraídos pelas bundas e peitos à mostra e cabelões compridos. Mas é difícil quem enxergue além disso.

Isso não é um julgamento, pelo menos não uma categorização de quem está certo ou errado, ou separando belezas em patamares diferentes. Pelo contrário, sou a favor de todas as belezas. Também não acredito que os caras que enxergam "de verdade" uma Mulher, não fiquem atraído pelas curvas do seu corpo. Só acho que é bobagem uma mulher querer ganhar a atenção ,justamente, dos caras que SÓ pensam com a cabeça de baixo, dos que quando olham um ser do sexo feminino enxergam um corpo e não uma Mulher. 

Até poderia dizer que não tenho nada contra as mulheres que se sentem bem assim, sendo alvo das cantadas alheias, mas estaria mentindo, pois sou contra a superficialidade. Particularmente, não me sinto só um corpo, me vejo como uma pessoa, e vejo da mesma forma os outros seres humanos. Gente. Com tanta beleza que é um desperdício deixar de apreciar cada detalhe.

Gosto de elogios. Na verdade, sou uma pessoa que se alimenta deles. Gosto muito de ouvir palavras de motivação, reconhecimento, etc. Sou vaidosa. E sou exigente. Meu ego precisa de muito mais que um assovio de pedreiro (desculpa o clichê, nada contra a classe) para me sentir elogiada. Ao mesmo tempo, que pra saber que sou linda, só preciso me olhar no espelho. E não é narcisismo. Eu acredito que qualquer pessoa deveria se achar linda ao ver sua própria imagem, não há motivo para que se pense diferente disso. É um dever e uma necessidade se amar, pelo que se é. E eu me amo pelas minhas atitudes. Minha beleza é feita delas. Uma roupa sozinha é só uma roupa, um corte de cabelo é só um corte de cabelo. A maneira com que cada um carrega isso é que os torna belos.

E é por isso que eu gosto de ser apreciada pelo que eu mesma não enxergo, por mais do que eu mesma posso ver. Pelo jeito que me visto, que me maquio, me arrumo, como demonstro quem eu sou. Me sinto nas nuvens quando alguém aprecia meu trabalho e fico, completamente apaixonada por mim e pela vida, quando alguém percebe em mim uma virtude que ninguém mais tinha percebido antes. Pois isto é enxergar o tão peculiar que há no belo.

Portanto, eu creio, que mesmo no primeiro olhar, é possível enxergar mais que a beleza superficial. É possível encontrar beleza nos jeitos, jeito de olhar, andar, falar, sorrir, se portar, balançar o cabelo, etc. Sendo utopia ou sendo poucos os que tenham essa capacidade, sendo sonho ou não, é desse tipo de pessoa que eu quero chamar atenção quando sair na rua, pois é assim que me sinto respeitada, e respeito é um direito de todos.

segunda-feira, 16 de junho de 2014

Sua vida pode ser melhor ainda

Estamos tão acostumados a colocar a culpa na vida pelo nosso cansaço, tristeza e estresse, que não paramos para pensar, sequer um minuto que a culpa pode ser de nós mesmos. Nos chateamos com pessoas que não nos dão o devido valor, enquanto podíamos estar voltando nossas atenções para aquelas pessoas que nos valorizam, nos procuram, nos gostam. Reclamamos de uma carga excessiva de trabalho, por exemplo, culpando nosso chefe (é claro!), quando quem deixou que a situação chegasse a esse ponto fomos nós, que aceitamos tarefas a mais que as pré estabelecidas, sem ao menos pedir um aumento por elas. Nos irritamos com determinadas rotinas, cujas quais nem somos obrigados a cumprir, e ainda assim, não fazemos nada para mudar, vamos "empurrando com a barriga", como se diz. Sendo assim, quando se sentir aflito, irritado, acoado, pare para pensar no que está te causando estes sentimentos. E seja verdadeiro consigo mesmo. Ninguém vai saber desta sua reflexão, se você não quiser. Portanto, você não precisa arranjar desculpas ou explicações lógicas para seus motivos, você só precisa refletir e ser sincero com seus próprios pensamentos, para encontrar a causa do que está te tirando a paz. E a partir disto, repense. Veja como você próprio está contribuindo para este cansaço emocional e se você, realmente, precisa agir desta forma. Mais uma vez, seja verdadeiro em encontrar respostas e mude se for preciso. Ninguém precisa saber disso também. Você pode mudar de vagar e pode começar agora mesmo, só não deixe que mais ninguém coloque motivos para sua vida não ser a melhor possível, muito menos você mesmo.

sexta-feira, 13 de junho de 2014

Porque não estou gritando "GOOL"

Ser contra a copa do mundo no Brasil não é dizer que sou contra a seleção brasileira, que estou torcendo para que ela perca, que não gosto de futebol. Ser contra a copa é ser contra mais um tipo de roubo do meu dinheiro. Cada um tem o seu direito. Quem quer comemorar, tem o direito de o fazer. E eu tenho o direito de não concordar. Eu não faço parte dos que apertaram verdinho para colocar no comando o governo que trouxe a copa até aqui e tenho o direito de reclamar. Querem comemorar, torcer, gritar? Tudo bem. As redes sociais servem para cada um expressar os seus sentimentos, e não sou contra ninguém narrar o jogo, digitar "gooool" e etc. Não sou contra o povo, isso seria inclusive uma contradição do que eu defendo. Eu sou contra uma organização mundial corrupta ser capaz inclusive de anular uma das poucas leis de segurança pública que funciona no país, fico indignada porque já não chega a corrupção dos nossos queridos governantes que desvia grande parte das verbas que deveriam ser destinadas para a melhoria da condição de vida de uma população? Agora milhões e milhões são gastos em estádios, cujos alguns serão usados quatro ou cinco vezes, ao invés de investir em tantos pontos que sabemos que o nosso país precisa. Eu sei que a grande maioria dos que estão nas páginas sociais felizes porque #vaitercopa, não precisam da grande maioria dos nossos serviços públicos, como saúde e educação, por exemplo. Mas um depoimento que li hoje no Facebook, me fez ver ainda mais que o problema é de todos sim e não somente dos mais carentes, ninguém esta livre de precisar de um serviço como esse. O post é de uma moradora de Belo Horizonte e ela escreveu, por volta das 19:40: "Um acidente aconteceu há mais de 1h na esquina no meu prédio e o resgate até agora não veio! Gente q absurdooooo tem um cara lá q não se mexe desde o momento q caiu e ninguém pode fazer nadaaaaaa. PQP! #samu". Eu mesma já vi o SAMU agir de maneira muito eficiente. Mas ontem, em dia de FIFA Fun Fest, onde vocês acham que o SAMU estava? É isso que me entristece, tirar dos que precisam o pouco que têm. Se o Brasil tivesse estrutura para sediar um evento esportivo sem prejuízos para a população, eu também estaria gritando, comemorando. Eu adoro esporte, assisto a jogos de vôlei, acompanho olimpíadas de inverno, gosto de ver uma partida de futebol bem jogada, etc. E não seria diferente com a Copa, se eu não soubesse de tantos ônus que este mundial está trazendo, para mim, para minha família e para todos. E eu sinto muito por tudo isso. Meu sentimento é de tristeza e derrota diante de mais uma decisão mal tomada por quem deveria olhar pelos que os elegem, e é somente por isso que eu não consigo fazer festa. Pra quem consegue, bom mundial e boa torcida!

terça-feira, 10 de junho de 2014

Pobreza é não conhecer sua própria força

Infeliz daquele que se sente inferior, que desconfia de sua capacidade e que culpa as circunstâncias pelos seus fracassos. Nada pior que se apoiar no passado para justificar o não alcance dos objetivos, ou a incapacidade de construir um caminho de sucesso a partir do presente. Invejar a provável facilidade com que alguém conseguiu alguma coisa ou acreditar que este alguém só conseguiu o que tem porque a vida foi melhor pra ele, além de inútil, é rebaixar-se. A resposta para o motivo de que alguns conseguirem alcançar suas metas e outros não, se chama força de vontade. Há quem não tenha um membro, possua uma doença rara, uma síndrome ou déficit e, ainda assim, se destaca por seus talentos, inteligência e destreza. Será que a vida foi melhor pra eles? Da mesma forma, aqueles que nasceram sem nenhuma barreira física ou psicológica, também lutam para alcançar o que querem. Como diz o ditado, nada cai do céu. Estudar em uma escola pública ou particular não determina a formação ou não em um curso superior, de uma universidade estadual ou federal. Nascer em uma família com mais poder econômico, pode permitir que se tenha acesso a mais cursos, mas também não é isso que determina que aquela pessoa saberá aproveitar o dinheiro aplicado. O que faz uma pessoa vencer é ela mesma, sua vontade de chegar aonde quer, sua perseverança, sua confiança em si mesma, é aquele olhar pra si e pra frente, é saber que inveja não serve de degrau, não leva a lugar nenhum, é olhar pro lado para usar exemplos, buscar ajuda, aproveitar o que os outros tem a oferecer, é trocar conhecimento e jamais deixar de persistir.

quarta-feira, 4 de junho de 2014

Imaturidade irritante

Já é muito irritante um adolescente que bate a porta e faz escândalo quando não tem permissão para fazer algo que quer, ou quando ninguém dá bola para o seu cabelo que não ficou na cor que queria, pior, então é um "adulto", fazendo escândalo ou virando a cara para quem não merece, por coisas que acontecem, cotidianamente. É, praticamente, insuportável.

Se qualquer um que viveu um pouco mais que a adolescência (ou até menos que isso), sabe que os homens não são justos e sabe que se viver fosse fácil se chamaria ferver salsichas (e olha, que mesmo assim, há quem as queime), não entendo o porquê de um adulto querer se revoltar contra as pessoas a sua volta por situações que não foi culpa delas terem acontecido.

Uma coisa é ir atrás dos seus direitos, fazer manifestações, procurar mudar o rumo de algo que não está como deveria, procurar os superiores e cobrá-los por suas injustiças. Outra, completamente diferente é xingar a caixa da loja por ter comprado uma roupa que não durou um dia, ou virar as costas para um colega de trabalho sendo que foi o chefe ou o outro colega quem fez coisa errada. Sair gritando, brigando, sem argumentos não faz parte do perfil de uma pessoa madura, assim como julgar os outros, se considerando o dono da razão, montado nos argumentos, quando não se precisa pagar pelo teto que vive, pela comida que come, também não é nada maduro. Aliás, julgar não é nada maduro.

Uma pessoa madura, que aprendeu com o que viveu e com o que viu os outros viver, sabe que, infelizmente dignidade não paga as contas, honra não coloca a comida na mesa, e não é culpa, sempre e/ou somente, de quem tem que concordar com o que não quer, ou fazer uma tarefa que não deseja, quando se tem uma casa para sustentar, um filho pra cuidar, uma doença para pagar o tratamento, etc. Sabe, também, que erros acontecem, que as pessoas sentem medo, fazem coisas sem querer, falam o que não deviam sem perceber.

Maturidade depende de muita empatia, autocontrole e sabedoria, mas não é algo tão difícil de se alcançar quando se está disposto a crescer e a aprender com a vida e as pessoas ao redor.

Sendo assim, virar a cara para a vida e para o mundo, pelo simples fato de "não gostei do que aconteceu" e não procurar entender e aprender com as circunstâncias, são as piores partes da falta de maturidade de uma pessoa, e o julgamento é, certamente a pior delas, pois desconta em quem não merece a sua falta de crescimento pessoal, em quem também tem que enfrentar problemas, em quem também tem vida pra cuidar, e ainda tem que aguentar desaforo alheio, de um adulto com cabeça de um adolescente mimado. 

segunda-feira, 2 de junho de 2014

Diga sim ao amor

Há mais ou menos uma semana li um texto sobre a "lei da palmada", como era chamada até então, e o assunto ficou girando na minha cabeça e me fez refletir em como, um dia, eu mesma pude acreditar que um tapinha, às vezes, poderia ser necessário na educação de uma criança e chegar à conclusões sobre porque as pessoas usam a violência para fazer com que seus filhos as obedeçam.

Os animais só atacam quando se sentem ameaçados, e os humanos, quando deixam seu racional de lado, agem da mesma forma. Os pais têm medo de que seus filhos não sigam suas regras e se machuquem, risquem a parede, não queiram se alimentar direito, tomar banho, entre outras coisas, e têm medo, principalmente, de falharem na formação destes serzinhos que eles tem o dever de transformar em homens e mulheres "de bem". Quando, os adultos sentem sua autoridade ameaçada, por não conseguirem "ensinar" seus pequenos humanos, acabam usando da força para amedrontá-los e forçá-los a seguirem o que estão querendo que façam. O que estes não percebem, infelizmente, é que esta atitude, não educa e não traz crescimento nenhum, e sim faz com que as crianças obedeçam (isso quando obedecem), por medo e não por aprendizado ou respeito. 

No entanto, a medida que o tempo passa, elas aprendem que podem fazer coisas às escondidas, para não apanhar, ou até mesmo cometem os erros sabendo que vão levar uns tapas, por perderem o medo da dor ou não se importarem com ela, até chegar à idade em que não tenham mais tamanho para apanhar, e então, não se tornam mais controláveis e passam a ter atitudes prejudiciais a si mesmos, por vontade ou por não terem aprendido que determinadas ações trazem consequências que não são boas para quem as comete.

Sendo assim, chegamos a três importantes levantamentos. O primeiro é que os pais ao agirem assim, estão tentando controlar seus pequenos e, como o texto que eu li dizia, os filhos não são propriedades dos pais, os pais devem cuidar e educar suas crianças para se tornarem adultos inteligentes, conscientes e que busquem o melhor caminho para si próprios. O segundo, o qual também era explanado no texto em que me inspirei, é que até agora este tipo de educação não deu certo, as "palmadinhas" só criaram adultos que quando se sentem acoados, sem argumentos, partem para a violência física, chegando ao ponto de matar alguém por não terem conseguido o que queriam.  E o terceiro, o qual eu considero mais importante, é que crianças são esponjas, que absorvem informações de todos os cantos, todavia, principalmente, das ações que os cercam. Como alguém pode esperar que seu filho não seja histérico e agressivo, quando está diante de gritos o tempo todo ou recebendo correções físicas por atos que, apesar de saberem que são errados, não tem conhecimento da real gravidade de a terem cometido?

Não sou mãe, mas observo a educação das crianças que conheço, pois acho importante encontrar pontos positivos e negativos de uma criação, para evoluir meu pensamento antes de colocar um novo ser, no mundo, e no meu último emprego, trabalhando de recepcionista, em uma clínica, me deparei com exemplos muito nítidos de como o exemplo dos pais e a forma que eles usam as palavras refletem nas crianças, assim como o estresse e falta de paciência dos mesmos. 

Por um tempo, acreditei que as crianças eram uns verdadeiros monstrinhos, que não sabiam se comportar, gritavam, choravam, rasgavam revistas e batiam coisas o tempo, por serem criaturas que não conseguiam controlar sua energia e não tinham maturidade para ficarem esperando com educação em uma recepção. Contudo, ao observar melhor, comecei a perceber que a maior parte da culpa era de quem os acompanhava, adultos que falavam alto, gritavam com as crianças, as seguravam e as chacolhavam com força para tentar causar obediência. 

Foi durante essa observação, que eu conheci o maior exemplo de que os filhos são espelhos dos seus educadores, uma menina de aproximadamente três anos, que eu nem percebi que estava na sala, e seu irmão, que com dezoito anos não se parece nada com os outros adolescentes que entram por aquela porta, pois os dois são serenos e educados, realmente, diferente do que eu estou acostumada a lidar. Seus pais são dois professores que, ao meu ver, são exemplos de como os pais deveriam tratar seus filhos, conversando, explicando o porquê cada ação deve ser tomada. Quando a pequena de três anos deixou seu guarda-chuva na cadeira da recepção e um papel no chão, seu pai a pediu que pegasse seu objeto e também que juntasse o papel, explicando o lugar de cada coisa. A menina obedeceu e, certamente aprendeu uma lição. Outra vez, ela chegou cansada e braba, no colo da mãe, porém não estava agressiva, como a maioria dos bebês que eu vejo, se debatendo, querendo dar tapas e gritar, ela só ficou acolhida nos braços da mãe, sem vontade de conversar, mas sem desrespeitar ninguém.

Conhecer esta família, foi um grande passo para minha noção de aprendizado e educação. Me fez perceber, de vez, que nada é mais forte que o exemplo e o discurso. Ter uma rotina das refeições com sua família, tornar a criança acostumada com os alimentos certos e ensinar porque ela não pode comer certas comidas em certos horários, surte mais efeito que obrigá-la a se alimentar com brigas e pressão. Um filho ver os pais lendo, compartilhando de leituras e estudos desde sempre e instigado a ser curioso em aprender coisas novas, não precisará ser obrigado a ler e fazer as tarefas da escola. Da mesma forma, se uma pessoa é criada desde que nasce, em um ambiente em que as pessoas resolvem seus problemas com diálogo, no qual pode contar com conselhos e discussões inteligentes quando está com um problema e no qual ao invés de receber castigos, recebe ajuda para perceber que atos trazem consequências e auxílio para mudar suas atitudes, não vai querer tomar um rumo que lhe traga uma vida ruim e nem precisará usar de meios inadequados para conseguir o que quer, pois tem o que necessita: sabedoria.

Logicamente, criar um filho não é só isso, tem muitos poréns, várias exceções e situações diferentes, reações diversas. Obviamente, nenhum pai ou mãe será perfeito na criação de uma criança, pois no ser humano existem as virtudes, mas também os vícios, o erro é inerente a quem vive e não há quem não os cometerá. Também, em nenhum momento, afirmei que é fácil usar de argumentos, até porque para isso é preciso tê-los, é necessários ter sabedoria para transmiti-la, não há como doar o que não se possui. E não é fácil, educar um filho, não é nada fácil, e nunca vi alguém dizer isso. Educar, no sentido mais verdadeiro da palavra, exige dos pais que os mesmos aprendam, estudem, encontrem seus próprios erros e os corrijam o mais rápido possível, reclama energia, esforço, zelo cuidado, obriga entrega total. 

Portanto, se o que se quer é chegar ao dia em que o mundo será povoado de pessoas íntegras e sábias, o método "mais fácil", não vai resolver. Se o que se quer é um mundo melhor, é preciso sim, o quanto antes, substituir a elevação das mão e da voz na criação dos nossos pequenos seres, pelo aumento de diálogo e conhecimento nestes contidos.

terça-feira, 13 de maio de 2014

Depois do casulo

Nem todo mundo gosta de lagartas, talvez por serem um pouco feias, ou estranhas, ou nojentas aos seus olhos. Mas, ainda bem, que existe o tal do casulo, a metamorfose. E então seu cabelo mudou, seu jeito de usar suas roupas mudou e seu rosto está mais colorido. Ela já não anda pelos mesmos lugares e já aprendeu a fazer do que gosta algo mais produtivo. Ela agora pode voar. E o engraçado, é que muito mais pessoas gostam de lagartas com asas, mesmo elas não deixando de ser lagartas. Pois ela não deixou de gostar do que gostava, continua com seus defeitos, aprendeu a mudar alguns, mas as chatices continuam ali, nunca deixou de ser quem era e fazer o que fazia, ela ainda é uma lagarta, mas agora, ela é uma lagarta voadora. E a leveza e colorido das suas asas chama toda a atenção. E a forma que ela passou a levar a vida, de flor em flor, de pólen em pólen, mudou também seu jeito de ser no mundo. E talvez, seja por isso que prefiram as borboletas às lagartas, pelo jeito seu livre de colorir o mundo por onde passa, sem medo de ser quem é.

Frases... [217]

"Quando eu era jovem, pensava que o dinheiro era a coisa mais importante do mundo. Hoje, tenho certeza." [Oscar Wilde]

segunda-feira, 12 de maio de 2014

Alegria rotineira


Acorda, toma um banho para despertar, acorda as crianças, passa o café, põe à mesa, come, retira a mesa, leva as crianças para a escola, vai para o trabalho, pega as crianças na escola, almoça, lembra as crianças do dever e da aula de línguas, volta para o trabalho, no caminho passa no caixa eletrônico pagar uma conta, manda um sms confirmando se as crianças foram para a aula de línguas e fizeram o dever, na volta pra casa uma passada rápida no mercado, jantar, louça, atenção para as crianças, atenção para o cachorro, atenção para a internet, e... ufa, fim do dia, cama!

Acorda, se espreguiça com vontade, "hm, que dia gostoso"! Liga o chuveiro, aproveita a água quentinha, apesar de rápida, que cai no rosto, e o cheiro gostoso do perfume do sabonete e da colônia, que vem logo em seguida. Escolhe a cor da sombra, passa uma máscara para os cílios e a cor do batom que escolheu pra o dia. Se olha no espelho, "como sou bonita". Chama as crianças, passa um café saboroso, refeição com a família, juntos para a escola, e trabalho. Almoço gostoso com as crianças, beijo e abraço aconchegantes. Continha pra pagar no caixa eletrônico, trabalho, sms confirmando se os pequenos estão fazendo tudo direitinho, resposta carinhosa para a mãe "chata". Passadinha no mercado, jantar com todos reunidos, novamente. Aproveita as crianças e o cachorro, conversa, descontração, risadas, uma olhadinha na internet, e... ufa, fim do dia, travesseiro cheiroso, edredom quentinho, sono gostoso, "como sou sortuda"!

Independente de qual seja sua rotina, aproveite cada momento bom do dia, reserve um tempo pra você, seja no banho, no almoço, em cinco minutos do almoço, troque sorrisos, abrace, ouça uma música, faça o que gosta no meio do que não gosta. Olhar o mundo de uma forma diferente pode tornar tudo mais leve. Independente de qual seja sua rotina, viva!


quinta-feira, 8 de maio de 2014

Mascarar não é resolver

Não pode, não pode e não pode. 

É mais fácil decretar que menor não pode trabalhar para impedir que se escravizem crianças, ao invés, de legalizar e fiscalizar um trabalho para menores dentro do que é aceitável, sem o tirar da escola e sem o explorar. Certamente, há gráficos que mostram que o trabalho infantil diminuiu, porém ao mesmo tempo o gráfico de criminalidade continua subindo e ainda há um grande número de crianças trabalhando para sustentar sua família, vítimas do desemprego e da pobreza, por sua vez causados por corrupção e má distribuição de renda. 

Facilidade se encontra, ainda, em criar artifícios para "manter" as crianças na escola. Os números do Ideb melhoram a cada ano, mas pergunte para uma professora da escola pública quantos alunos que abandonam a escola, tem nos seus cadastros "transferidos" e quantos passam de ano sem ter aprendido o que deviam.  

A escravidão continua acontecendo com crianças e adultos, mesmo depois da abolição. A fome e a pobreza não será sanada com campanhas enquanto o desvio de verbas não parar, e uma forte mudança no embasamento das famílias não começar. A hostilidade racial não acaba na alteração de termos, já que o preconceito não está (só) na palavra e sim em como ela é dita. Combater a criminalidade diminuindo a maioridade penal, e continuar incentivando o consumismo, o amor pelas coisas, e ignorando as falhas na base da estrutura familiar básica, não vai deixar as cidades mais seguras. 

Se só palavras e leis radicais mudassem a situação, nosso país seria o que alcançaria o topo da lista de melhor lugar para se viver. Palavras tem força, leis tem força, mas o que muda algo são as atitudes. O radicalismo conseguiu "inclusões" forçadas, "respeito" forçado, e pessoas sendo as mesmas pessoas que sempre foram, com uma máscara de aceitação. 

Mascarar não é resolver.  E resolver não é fácil, no entanto, não é impossível. 

Considerado utopia ou não, o que a sociedade precisa são mudanças reais, que precisam de vontade e empenho real. Atitudes emergenciais podem e devem ser tomadas para atender ao urgente, enquanto as atitudes a longo prazo estão sendo colocadas em prática. O que não pode é continuar, somente, ditando o que não pode, sem criar base para uma mudança verdadeira.

quarta-feira, 7 de maio de 2014

Explicando o que não precisa ser explicado

Quando você encontra a pessoa certa, você não quer mais saber de comparar, repensar, imaginar como seria uma vida de viagens e festas à solteira. Você não tem mais porquê ler textos com títulos "Ele é o cara certo pra você?" ou "Vale à pena investir no gato?", porque eles não fazem mais sentido e você nem quer saber se eles fazem sentido, você está nem aí para a opinião alheia, ainda mais opinião baseada no geral, nas regras. Pois quando somos fisgados pelo amor não é por suas regras, e sim pelas exceções que ele traz,  pelos defeitos, pelas imperfeições, por tudo que você nunca imaginou que podia gostar em alguém. Como nem só de amor ou da pessoa certa vive um relacionamento, existem os combinamos. Estes, quando se ama, também não precisam ser comuns, nem mesmo precisam ser combinados explicitamente,  ou conversados detalhadamente; a única assinatura que há nos termos destes combinados é a cumplicidade,  o companheirismo. O que vale é o que os dois querem, ou os três...  Não existe regras, nem receitas prontas, muito menos testes em revista ou combinação de signos da internet, que digam quem é a pessoa certa. A pessoa certa pode até ser a pessoa errada que se encaixou em você, e "deu certo". E tudo isso só fará sentido quando você ler esse texto e só conseguir pensar em uma pessoa, em uma história, cheia dos detalhes que só a história de vocês pode ter, que só faz sentido à vocês, que tem às suas exceções, os seus "não é bem assim", mas que faz bem ao coração, e faz bem à vocês, e não é preciso mais nada.

domingo, 4 de maio de 2014

Ventos sopram algo novo

Toda mudança é um recomeço. Às vezes, somente, um começo. Toda mudança é um passo, nem sempre pra frente. Nem sempre com um preço. Mudar não é difícil. Mudar é gostoso. Dá frio na barriga, dá lágrima nos olhos, dá suspiro no coração. E, às vezes, dá um nó na razão.

terça-feira, 29 de abril de 2014

Um rótulo só

Se nasceu menino e quer ser menina é transexual. Se nasceu menina, e gosta de menina, é gay. Se nasceu menina, quer ser menino e gosta de menino é transexual e gay. Se gosta de gente, é bi. 

É uma necessidade sem fim de rotular pessoas, seguida de uma indignação com relação a "este mundo que já não é mais o mesmo", quando não se consegue fazer com que essas criaturas, chamadas seres humanos, parem dentro dos potes onde foram colocados com a etiqueta de sua categoria. 

Estava tão mais fácil quando os menininhos ficavam vestidos de menininhos e gostavam (ou diziam que gostavam) só de menininhas e as menininhas ficavam vestidinhas de menininhas fazendo seu trabalho como menininhas. Todos ficavam (aparentemente) quetinhos nos seus lugares, até que cansaram. Por mais disciplinado que qualquer um seja em manter as aparências, chega um momento que a necessidade de ser quem se quer ser fala mais alto, e quando é uma necessidade conjunta, ela não só fala alto, ela grita.

E a culpa parece ser das pessoas, que não param quietas, sendo que o real problema está nos rótulos. Onde está a explicação para tantos rótulos? Qual a utilidade deles, quando não se trata de avisar a alguém que aquele frasco contém veneno? Nunca foi visto categorização de pessoas quebrar preconceitos, provocar aceitação. Categorização sempre serviu para separar, deixar bem claro onde cada um deve ficar e o que deve fazer. Rótulos em pessoas, não explicam nada, o que explica algo são as próprias pessoas falando, dividindo suas experiências e mostrando que somos muito mais exceções que regras.

Ser hetero, homo, bi, trans não diz nada sobre ou a uma pessoa, e até chega a confundir as próprias pessoas a quem se referem que, às vezes, nem sabem em que categoria se encaixam. Então, quem elas são? Nós somos, quem sentimos ser, o que queremos vestir, a aparência que queremos mostrar, o amor a quem e como queremos transmitir. Somos pessoas, todas dentro do mesmo pote, com o mesmo e único rótulo grande, no qual se lê "GENTE".

segunda-feira, 28 de abril de 2014

Ampliarei a felicidade

Farei viagens longas, curtas, do outro lado do oceano, do lado de cá da fronteira, de todos os tipos e tamanhos, conhecendo cada pedacinho de mundo que foi criado e construído, para depois voltar correndo para casa, aquele único lugar do planeta que cada um  chama, verdadeiramente, de lar. Terei uma vida agitada, com dias de semana cheios, cheios de movimento, de satisfação, de resultados, e finais de semana tranquilos, com um ou vários sorrisos por perto e, também ao contrário, dias de semanas tranquilos e finais agitados. Apreciarei um pouco de tudo, um pouco de sossego, um pouco de distância, um pouco de apego, e também de muito, muito de momentos, muito de pessoas, muito de felicidade. Serei sempre de querer tudo que já tenho em tamanho ampliado. Pois, já não preciso de mais nada, nada de mais... a não ser tempo e dinheiro. Mas isso, quem não quer? Há quem queira também um amor, daqueles do jeitinho que se sonha, mas este eu já tenho, com quem farei viagens longas e curtas e voltarei correndo para o nosso lar de vida tranquila e agitada.

quinta-feira, 13 de março de 2014

Frases... [216]

"A preocupação deveria levar-nos à ação e não à depressão." [Karen Horney]

terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Gravidez adotiva

Realmente não é a mesma coisa ter um filho biológico e um adotivo. Um filho biológico, dificilmente, vai ter sexo ou uma doença, transtorno ou coisa assim, escolhidos. Um filho adotivo não tem como vir sem querer, não tem como abortar e nunca é fruto de um descuido. Não se toma pílula do dia seguinte para impedir uma gravidez adotiva. Em quase todos os casos, os filhos são doados ou abandonados por mães biológicas, e são as mães adotivas que doam a atenção, cuidado e amor. Nem sempre uma mãe ama o filho que saiu da sua barriga, no entanto, dificilmente, uma mãe adotiva não vai amar seu filho com todas as suas forças. Numa gravidez adotiva não há dor, contrações, enjoos, não há como não desejá-la, ou ficar se perguntando o porquê dela ter acontecido naquele momento. Também não se tem a sensação de carregar uma vida no ventre, contudo a de dar uma nova vida à um serzinho que agora é carregado no coração. E apesar de opiniões contrárias, existem coisas em comum. Como um filho biológico, um filho adotivo não nasce amando sua mãe, ele tem um vínculo de necessidade. O amor é cultural, se aprende. Filhos dão trabalho, ficam doentes, sorriem lindamente, dizem eu te amo, brigam, desobedecem, dizem que odeiam os pais, pedem desculpas, batem a porta do quarto, tiram notas boas, fazem cartinhas nas datas comemorativas, ficam de recuperação, são ingratos, dão orgulho, pedem irmãos, dizem que não queriam ter irmãos, fazem as mães ficarem com vontade de mordê-los, quando são bebês, por fofura e de raiva, quando adolescentes, sendo eles biológicos ou adotivos. Eu não sou mãe, sou, apenas, filha. E pretendo ter filhos, apenas, filhos; já que biológicos e adotivos são adjetivos que não deviam ser utilizados para caracterizar a única coisa que importa na construção de uma família: o amor.

Frases... [215]

"Cuidado para não chamar de inteligentes apenas aqueles que pensam como você." [Ugo Ojetti]

terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

I love it

Calor, eu sei que no inverno as pessoas estavam pedindo um pouco de você, estavam querendo uma praia e uma piscina com dia quente e ensolarado e você se empolgou e veio com a corda toda e agora o pessoal todo tá de saco cheio e implorando para o frio voltar. 

Mas calma, que além de ninguém saber o que quer e sempre reclamar do tempo porque, afinal, não deixa de ser um assunto para quando não há nenhum mais polêmico para se comentar nas redes sociais ou no ponto de ônibus, eu estou aqui do seu lado para te apoiar e inclusive não estou preparada para ver você partir. 

Não são boas lembranças o meu nariz gelado vinte e quatro horas por dia e os meus braços doendo de tanta roupa que precisei vestir, as quais, por sua vez, não conseguem secar, pois são pesadas e não temos você para ajudá-las. Aliás, eu gosto muito de sair do trabalho quando ainda está dia, chegar em casa e ter certeza que louça e pia vão estar sequinhas, que eu posso ser desastrada e derrubar coisas no chão, pois a água vai secar logo e que, por falar em água, com você, não fico em uma luta constante comigo mesma para criar coragem para colocar a mão neste precioso líquido. Me deixa muito feliz não precisar tentar me esquivar das ventanias, não sentir que meu pé está envolto num cubo de gelo, sem falar que meu nível de desastres já é, suficientemente, constrangedor com poucas roupas para eu esbarrar nas coisas, não é preciso adicionar mais. 

Além disso prefiro ir ao Jardim Botânico (leia-se meu lugar favorito da cidade) com essa sua temperatura elevada, as árvores já o deixam fresquinho e eu não aprecio grama úmida para se deitar. Também não sou fã de luvas, toucas e nem de desenhar ou digitar com os dedos pouco flexíveis, muito menos passar eras secando o meu cabelo, porque o tempo não consegue fazer isso por mim. 

Entre outras coisas, como o fato do meu poder aquisitivo não permitir que eu fique embaixo das cobertas, de pijama, tomando chá ou chocolate quente o dia todo, eu digo com todo o carinho do mundo: querido verão, fique o tempo que quiser!

sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

Sem analogias e enrolações

A vida é uma passagem. Um dia todos vamos morrer. Não há o que discutir. Nela a maioria das coisas são mutáveis, apesar de grande parte não poder se transformar da noite pro dia. Sendo assim, há de se concordar que não aproveitar o hoje é uma grande perda de tempo, independente por qual motivo seja. O que fazemos da nossa vida é responsabilidade nossa, não culpa, responsabilidade. Atos geram consequências, em qualquer momento da vida que seja. Por mais duro que pareça, cada um é obrigado a ficar com seus próprios resultados. Como nem tudo é tão ruim quanto parece, existe o perdão. Ou seja, incrivelmente se pode errar, aceitar as consequências deste, perdoar a si mesmo e continuar em frente. Ou até mesmo, pode-se ter um passado não tão bom, quando olhado do presente, e mesmo assim ter um hoje, amanhã e depois-de-amanhã bem legais. E também pode-se achar que isso tudo é uma grande bobagem e continuar acreditando no que bem entender.

Frases... [214]

“A ignorância é a mãe das tradições.” [Barão de Montesquieu]

sábado, 18 de janeiro de 2014

Baby, volto logo


Recuar, dar dois passos pra trás. Voltar, deixar, tão associados à covardia e que precisam tanto de determinação para serem escolhidos na hora necessária. Amar, também tem disso de deixar ir e de deixar e ir, o que é ainda mais difícil. Partir, deixar de acompanhar de perto, dar o passo que se precisa para a direção que não se quer não é tão simples, não é isento de dor. Largar não é algo que se faz com prazer depois de se apegar, de se acostumar, depois de se apaixonar. Não é o que se quer, nem mesmo o que se escolhe, não é tão fácil quanto parece. Mas amar também tem disso.

sábado, 11 de janeiro de 2014

Modo de usar

Case-se com alguém que adore te escutar contando algo banal como o preço abusivo dostomates, ou que entenda quando você precisar filosofar sobre os desamores de Nietzsche.

Case-se com alguém que você também adore ouvir. É fácil reconhecer uma voz com quem se deve casar; ela te tranquiliza e ao mesmo tempo te deixa eufórico como em sua infância, quando se ouvia o som do portão abrindo, dos pais finalmente chegando. Observe se não há desespero ou  insegurança no silêncio mútuo, assim sendo, case-se.

Se aquela pessoa não te faz rir, também não serve para casar. Vai chegar a hora em que tudo o que vocês poderão fazer, é rir de si mesmos. E não há nada mais cruel do que estar em apuros com alguém sem espontaneidade, sem vida nos olhos.

Case-se com alguém cheio de defeitos, irritante que seja, mas desconfie dos perfeitinhos que não se despenteiam. Fuja de quem conta pequenas mentiras durante o dia. Observe o caráter, antes de perceber as caspas.

Case-se com alguém por quem tenha tesão. Principalmente tesão de vida. Alguém que não lhe peça para melhorar, que não o critique gratuitamente, alguém que simplesmente seja tão gracioso e admirável que impregne em você a vontade de ser melhor e maior, para si mesmo.

Para se casar, bastam pequenas habilidades. Certifique-se de que um dos dois sabe cumpri-las. É preciso ter quem troque lâmpadas e quem siga uma receita sem atear fogo na cozinha; é preciso ter alguém que saiba fazer massagem nos pés e alguém que saiba escolher verduras no mercado. E assim segue-se: um faz bolinho de chuva, o outro escolhe bons filmes; um pendura o quadro e o outro cuida para que não fique torto. Tem aquele que escolhe os presentes para as festas de criança e aquele que sabe furar uma parede, e só a parede por ora. Essa é uma das grandes graças da coisa toda, ter uma boa equipe de dois.

Passamos tanto tempo observando se nos encaixamos na cama, se sentimos estalinhos no beijo, se nossos signos se complementam no zodíaco, que deixamos de prestar atenção no que realmente importa; os valores. Essa palavra antiga e, hoje assustadora, nunca deveria sair de moda.

Os lábios se buscam, os corpos encontram espaços, mas quando duas pessoas olham em direções diferentes, simplesmente não podem caminhar juntas. É duro, mas é a verdade. Sabendo que caminho quer trilhar, relaxe! A pessoa certa para casar certamente já o anda trilhando. Como reconhecê-la? Vocês estarão rindo. Rindo-se.

Diego Engenho Novo

~Retirado de palavracronica.com/2012/04/02/casamento-modo-de-usar/

sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

Frases... [213]

"Você precisa conquistar aquilo que o dinheiro não compra. Caso contrário, será um miserável, ainda que seja um milionário." [Augusto Cury]

terça-feira, 7 de janeiro de 2014

Papo que dá pano pra manga

Aprende-se em física que a matéria é energia condensada, sendo assim, o corpo humano, que é matéria, é uma massa densa de energia e que vibra numa determinada frequência. Seres vivos e inanimados possuem uma emanação de energia que os envolve e atrai ou repele outras freqüências. Essa frequência, faz com que coisas negativas ou positivas sejam atraídas, assim como exerce influência no funcionamento, inclusive de objetos e eletrônicos, que também são matéria e vibram (coisas que estragam, caem, em que se esbarra, sem motivo aparente). 

Desta forma, ao contrário do que se considera, felicidade e sofrimento não dependem das circunstâncias exteriores, mas da nossa própria energia, tal qual controlada pela mente. É a mente de atitude positiva ou negativa que produz felicidade ou sofrimento. Para uma analogia simples, tenha-se como exemplo olhar com o rosto sujo para um espelho e tentar esfregar o objeto para tentar tirar a sujeira. O que se vê no espelho é um reflexo da realidade, o rosto é real, o que se vê é uma projeção da realidade. Pode-se tentar limpar com toda a força, com todo empenho, pelo maior tempo possível, a mancha não vai sair dele, já que está no rosto.  

É importante que se leve em conta ainda, que mente e energia não são o mesmo que humor. O humor é variável, podendo passar por muitos níveis ao longo do dia. Acordar feliz e disposto não significa, necessariamente, que sua energia esteja em uma freqüência energética positiva, apesar de ajudar para que sua energia fique mais estável e o dia flua melhor. No entanto, uma mente de energia positiva é, e não está. Uma pessoa pode ficar chateada, decepcionada, comovida com fatos tristes e ter variações de humor por causa disso, e mesmo assim sua energia estar equilibrada no centro positivo. 

Como exterior afetará sua energia vai depender do controle que se tem sobre a sua matéria física, sobre sua energia condensada. Para ganhar maior controle sobre isso são usadas diversas técnicas de respiração, meditação, dentre outras aplicadas por diversas doutrinas, as quais, muitas vezes são confundidas com religião, e, talvez, por esse motivo tendo como fim desprezo e/ou descrença por parte dos céticos, que poderiam conseguir uma vida menos estressante e mais feliz se enxergassem tais fatos como ciência.



P.S.: ciência - palavra que, infelizmente, ainda coloca determinados segmentos em status mais elevados que outros.