As luzes da rua passavam por mim em uma velocidade já conhecida: não tão rápida como de costume. Meus pensamentos corriam a muitos quilômetros por hora, dando voltas em torno de uma mesma pista familiar e acidentada. Eu não entendia direito o que estava acontecendo. A mais ou menos uma hora eu sorria ao ouvir suas palavras, assim como uma criança sorri para quem encena um conto de fadas, e agora aquela sensação ruim que tive, antes de sair de casa, fazia sentido e queria escorrer pelos meus olhos. Só consigo me lembrar do primeiro semáforo e da última música. Não sei onde minha mente foi parar durante o trajeto. Cheguei em casa e, naquela tela retangular brilhante, escrevi coisas que me fizeram sentir-se melhor. Ouvi músicas, nas quais agora eu estava prestando atenção, que me faziam lembrar bons momentos. Mais calma, me concentrei nos sonhos e planos feitos a pouco. Fechei os olhos e adormeci.
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