Não sei se foi uma boa ideia apertar o botão automático, para que a vida seguisse sem a minha interferência. Contudo essa era a única opção que eu tinha. Minha vida cresceu e não é mais aquela criança que eu posso controlar, pegar na mão e dizer "vem, é pra esse lado". E, já que, não adianta proibir uma adolescente de sair, pois ela vai pular a janela e ir para festa de qualquer jeito, melhor deixá-la ir de uma vez.
Não estou com medo do que vai acontecer, porque sei que a eduquei direitinho para ser esperta e cuidadosa. Meus pensamentos estão calmos, em ordem, nada de muito barulho. Mas eu sei que eles continuam cochichando algo, num tom que eu não consigo escutar o que é, mas suficiente para ver que eles estão inquietos. Meu coração, pelo menos, está tranquilo. Ou quase isso.
De qualquer forma, preocupada eu não estou, pois este é um sentimento que não ajuda em nada, pelo contrário, só me atrapalharia de enxergar o que está acontecendo com clareza.
Portanto, deixo que a vida siga seu caminho, sem prendê-la, mas sem perder o controle total da situação. Assim, se ela pisar na bola, eu a trago pra casa pelos cabelos e a coloco de castigo por alguns meses pra parar de ser idiota.
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