Um indivíduo cansado dos problemas e incômodos provocados pela bagunça das suas coisas resolveu nomear as coisas. E assim o fez, nomeou todos os objetos. Pronto! Agora tudo estava etiquetado. Perfeito! Ninguém mais se confundiria, não haveriam mais erros nas comunicações, ele não teria mais com o que se preocupar. Foi uma ideia brilhante, tudo ficara mais fácil daquele jeito. Mas ele ainda não estava totalmente contente. Novas coisas podiam ser criadas e atrapalhar tudo. O que podia ser feito para melhorar? Dividir as coisas em grupos. Era isso! Coisas boas ficam para um lado, coisas ruins para outro, as bonitas separadas das feias, o errado longe do certo. Agora sim. Tudo organizado. Tudo no seu devido lugar. Agora ele estava satisfeito. Como a felicidade atrai curiosidade alheia, o vizinho do lado não resistiu em dar uma olhada no que estava acontecendo, e percebendo como a organização deixara o seu conhecido longe de problemas, resolveu fazer o mesmo com os animais. O próximo com as plantas. O outro com as pessoas, raças, sentimentos... E assim tudo foi nomeado. E ai de quem não souber denominar seus sentimentos, enumerar suas qualidades e defeitos, ou não quiser ficar paradinho dentro do seu grupo. Aonde já se viu querer ser de mais de um grupo ao mesmo tempo? Pra quê? Pra bagunçar as coisas de novo? Nada disso. Pra jogar tanto trabalho fora? Nem pensar. Vamos deixar o caos assim, organizado, controlado. Cada coisa no seu lugar. Livre de problemas. Não?!
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