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segunda-feira, 26 de novembro de 2012

A dois dedos de distância


O pôr-do-sol anunciando que mais um dia se foi e o próximo logo chega, traz consigo uma sensação de futuro se aproximando rápido, e as sacolas amarelas do lado da cama junto com o edredom dobrado cheirando a recém lavado sobre ela dizem que ele está próximo o suficiente para quase ser tocado.

Assim, de repente, os sonhos que estavam há anos de distância, presos aos pensamentos de travesseiro, estão, agora, a dois dedos de distância. 

E o que se sente é parecido com o de quando uma mãe empurra o filho com palavras de incentivo para acariciar um animal ou experimentar alguma coisa nova, quando ele está desconfiado, misturado com o de ver os metros finais de uma pista de corrida se aproximando sem nenhum competidor a frente.

É um quase alívio junto de uma euforia imensa. Um misto que provoca uma reação de vício por mudar mais, amar mais, realizar mais sonhos, chegar próximo de mais futuros, ver novos dias acontecendo, sentir mais ansiedade, novas vontades, novos frios na barriga, e em ver outros pores do sol que tragam novos dias e mais sacolas ao lado e edredons sobre a cama.

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