Estava chovendo e eu estava deitada em seu abraço, ouvindo as gotas dançarem no telhado. Há alguns minutos atrás estávamos rindo de nós mesmos pelas palavras ditas um para o outro. Seus dedos passeavam pelo meu cabelo enquanto eu arquivava o que me dizia sobre gostar de tudo aquilo. Não lembro onde as cobertas foram parar, mas o calor do seu colo não me deixava sentir frio. O sol ainda demoraria a nascer, mas o pouco de luz da rua que conseguia passar entre o tecido das cortinas, era o suficiente para eu enxergar a fumaça que saía do seu cigarro, me fazendo pensar como eu poderia gostar até do que eu mais detestava. E eu poderia ficar ali, por uma eternidade se deixassem, apenas escutando o ritmo da sua respiração.
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