Prefiro então dizer que somos como queijo e goiabada.
Diferente da panela que perde sua funcionalidade sem a tampa, essa mistura
gastronômica somente potencializa o lado bom dos ingredientes. O queijo, sem o
doce, ainda continua incrível. O doce, sem o queijo, ainda é sensacional. Mas a
junção dos dois cria um sabor absolutamente novo, que surge cada vez em que
você morde um tequinho de cada. A junção não faz deles menos importantes, mas
exalta o que cada um tem de bom. Se separados eles caem bem, juntos dá vontade
de lamber os dedos.
Então, digo sem peso que encontrei minha goiabada. Não que
outros doces não serviriam – o gosto é bom com doce de abóbora, de figo, de
carambola. Mas, pra mim, é especialmente bom com a goiabada. E pra isso, eu não
preciso deixar de ser salgada e nem você de ser doce. Nossos sabores se
completam.
Porque a vida é incrível de qualquer jeito, mas se torna
incrivelmente melhor quando temos companhia. Quando se acha alguém com quem
dividir bons momentos. Mostrar foto é legal, mas ter alguém do lado
presenciando aquele momento único com você é impagável. E, por isso, não tenho
pretensões que você não queira se juntar a outros ingredientes durante a vida.
Se o sabor deixar de ser bom, outras misturas precisam ser feitas.
Não, não quero juras de uma combinação eterna. Mas enquanto
o gosto descer incomparável pela garganta, te quero comigo. Ignoremos o prazo
de validade estipulado pelos pessimistas. O amor não azeda se a gente não
descuida.
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