Às vezes, fico em dúvida se é só uma brincadeira ou se a vida fica testando por quanto tempo se consegue defender uma determinada ideologia. Também já não tenho mais certeza qual é o ponto em que esse tal quebrar a cara o tempo inteiro passa de servir para fortalecer aquilo em que se acredita para te dizer que já está no momento de você desistir do que defendia e mudar de ideia. Talvez a menina que tem medo e prefere se defender das pessoas esteja certa ao dizer que sempre há alguém querendo a fazer de idiota, só é uma questão de identificá-la. Provavelmente, a garota que diz que cada um tem a total responsabilidade sobre o que lhe acontece, também não esteja errada. No fim, quem sabe, sejamos nós mesmos os que nos fazemos de idiotas, para facilitar as coisas. Ignorar os fatos é mais fácil do que assumir de que tudo está mesmo uma porcaria. Nós mesmos ignoramos aquilo que nos faz mal, nós mesmos desacreditamos no que nos convém, somos nós quem nos deixamos acreditar também e quem decide enganar a si próprio. Ser idiota não é um problema. Em geral, é bom ser idiota. Idiotas riem de si mesmo, falam coisas bobas a toa, são mais felizes. Só não é bom descobrir-se idiota, passar de um idiota cego a um idiota que percebe que a realidade não é aquela sua ignorância e que já não sabe mais voltar ao oculto. Se torna um problema, quando o idiota percebe que não só ele ri de si mesmo, mas também o mundo inteiro. E aí bate aquela dúvida sobre o teste, a brincadeira ou se é tudo só uma coisa da sua imaginação idiota e toda essa baboseira é só mais uma perda de tempo.
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