Às vezes, fico em dúvida se é só uma brincadeira ou se a vida fica testando por quanto tempo se consegue defender uma determinada ideologia. Também já não tenho mais certeza qual é o ponto em que esse tal quebrar a cara o tempo inteiro passa de servir para fortalecer aquilo em que se acredita para te dizer que já está no momento de você desistir do que defendia e mudar de ideia. Talvez a menina que tem medo e prefere se defender das pessoas esteja certa ao dizer que sempre há alguém querendo a fazer de idiota, só é uma questão de identificá-la. Provavelmente, a garota que diz que cada um tem a total responsabilidade sobre o que lhe acontece, também não esteja errada. No fim, quem sabe, sejamos nós mesmos os que nos fazemos de idiotas, para facilitar as coisas. Ignorar os fatos é mais fácil do que assumir de que tudo está mesmo uma porcaria. Nós mesmos ignoramos aquilo que nos faz mal, nós mesmos desacreditamos no que nos convém, somos nós quem nos deixamos acreditar também e quem decide enganar a si próprio. Ser idiota não é um problema. Em geral, é bom ser idiota. Idiotas riem de si mesmo, falam coisas bobas a toa, são mais felizes. Só não é bom descobrir-se idiota, passar de um idiota cego a um idiota que percebe que a realidade não é aquela sua ignorância e que já não sabe mais voltar ao oculto. Se torna um problema, quando o idiota percebe que não só ele ri de si mesmo, mas também o mundo inteiro. E aí bate aquela dúvida sobre o teste, a brincadeira ou se é tudo só uma coisa da sua imaginação idiota e toda essa baboseira é só mais uma perda de tempo.
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quarta-feira, 27 de março de 2013
terça-feira, 26 de março de 2013
Mude seus hábitos, depois o mundo
Reclamamos do calor, mas não abrimos a janela para olhar o
sol. Conotamos como urgente a presença de um feriado, mas desmerecemos o mesmo
caso nada de divertido aconteça. Mentimos para nós mesmos para nos escoltar dos
nossos próprios julgamentos, mas categorizamos qualquer mentira alheia como
deslavada. Designamos uma repulsa por sempre ter a mesma coisa para comer, mas
não nos dispomos a levantar e fazer algo diferente.
Citamos como descaso um animal perambulando pela rua, mas
não deixamos o nosso gosto capitalista e padronizado de lado para adotar um
companheiro às vezes nem tão belo assim. Cuspimos a péssima qualidade da
educação pública, mas vamos para os locais de ensino sem vontade de aprender.
Pregamos o moralismo nas redes sociais, mas não olhamos na cara do porteiro.
Buscamos volta e meia fugir de alguma blitz, mas reclamamos
da falta de policiais nas ruas. Achamos burrice que nossa felicidade dependa da
aprovação de terceiros, mas temos medo dos julgamentos alheios. Discorremos
amar o sol, mas procuramos a sombra. Gostamos de misturar doces e salgados, mas
não respeitamos os gostos alheios. Queremos sempre mais, mas não repensamos se
realmente somos merecedores de mais.
Cobramos amizades fidedignas, mas não esperamos elas saírem
de vista para tecermos comentários questionáveis. Queremos mais rapidez e
acessibilidade da tecnologia, mas afrontamos a falta de brandura das pessoas.
Deixamos de ajudar um mendigo por pré-julgamento de uso para alcoolismo, mas
reclamamos que o mundo está carente de gentilezas.
Questionamos a programação televisiva, mas não trocamos um
capítulo de novela para ler um livro. Dizemos não encontrarmos pessoas
interessantes, mas por um momento não largamos a tela do celular para arriscar
um simples olá. Observamos os erros alheios de uma ótica próxima, mas não damos
três voltas dentro de nós mesmos. Sabemos receber todo amor do mundo, mas não
sabemos perdoar os erros por excesso dele.
Acordamos com preguiça de levantar da nossa cama quentinha,
mas classificamos pessoas sem condições de esmorecimento. Colocamos atenção em
acusações injustas sobre nós, mas não olhamos quem colabora com opiniões
regadas de amor e esmero. Estamos
constantemente munidos de críticas, vulgo construtivas, mas não sabemos nos
desnudar perante uma.
Não abrimos mão do nosso conforto diário, mas indagamos
sobre a poluição mundial. Queremos ligações genuínas com outras pessoas, mas
bloqueamos sentimentos por meio de proteção. Gostamos da amplidão dos nossos
egos exaltados, mas não aceitamos ser ignorados quando precisamos tanto ser
vistos. Procuramos pessoas inteiras, mas só queremos doar metade de nós.
Queremos mudar o mundo, mas não mudamos nossos hábitos.
Frederico Elboni
segunda-feira, 25 de março de 2013
Vale pra um, vale pra todos
Não se trata de opinião aceitar o outro como ele é, com as crenças que tem e o perfil de vida que escolheu, se trata, puramente, de respeito.
Assim como você tem o direito de escolher uma religião, ou outra, ou nenhuma, o outro também o tem. Assim como você tem a possibilidade do perdão, qualquer um possui. Além disso, se você acha que as pessoas não devem ou não podem tomar uma atitude, isso serve para você, sua família e seus amigos, igualmente.
Em resumo e sem complicação, todos querem ser respeitados e ninguém quer saber de alguém se metendo na sua vida sem ser convidado, sendo assim todos devem respeitar e ninguém deve se meter na vida de ninguém.
O que mais é intrigante é ver quem prega o amor, a inclusão, o perdão, fazendo exatamente o contrário, quem segue o amar ao próximo como a ti mesmo, sendo o primeiro a apontar o dedo e julgar, ou então, aquele que vive exigindo respeito, desrespeitando a todos o tempo inteiro.
Agir com respeito não interfere o direito de se expressar, de ser quem se quer ser, de defender argumentos; pelo contrário, não ultrapassando o limite do preconceito, da ignorância e, principalmente, da imposição de regras, esse direito é estendido a todos.
Frases... [198]
"Mente é casa que não tem paredes, mas nos acostumamos a viver como se tivesse. E, não é raro, passamos temporadas no cômodo mais apertado.” [Ana Jácomo]
sábado, 23 de março de 2013
Obrigada, meu amor
segunda-feira, 18 de março de 2013
Frases... [197]
''Sopre pra bem longe tudo aquilo que te rouba o riso. Felicidade é coisa pra hoje.'' [Wanderly Frota]
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terça-feira, 12 de março de 2013
Nada de parágrafos
Sabe, tem vezes que as coisas fogem do nosso controle de tal maneira, que chega até a ser cruel termos que nos responsabilizar por nossa vida, pelos nossos atos. Às vezes, são coisas que nem mesmo pertencem ao nosso campo de controle (não ao individual), mas machuca de um jeito que fica difícil seguir como se estivesse tudo certo. A cada dia, fica mais complicado se conformar com os atos "normais" da sociedade, com a cobrança que ela impõe, com a falta de humanidade dos humanos. Chega um momento em que a mente para e o corpo pede socorro, que as notícias ruins, apesar de muitas, abalam de verdade e que as hipocrisias e palavras ásperas doem. Já não da mais para engolir as explicações ou desculpas por estarmos em um sistema (não apenas político, mas de maneira geral) que explora as pessoas desnecessariamente, que coloca um peso, nas costas dos jovens, o qual não é necessário que seja carregado por eles. Que não há como mudar tudo de um dia para o outro, não há quem possa discordar, mas um século já está mais do que de bom tamanho para isso. As pessoas mudaram, as crianças mudaram, as roupas, as metas, vontades, concepção de senhor bem sucedido, e por que o ensino não, o trabalho não? Por que ainda é preciso fazer tudo do mesmo jeito, seguir tradições ultrapassadas e aguentar gente que parou na idade média discriminando e sugando outra, feita do mesmo material? Somente, porque evoluiu? Infelizmente, não há nem como responder isso, pois não há um motivo, não tem a mínima lógica e é (por enquanto, pelo menos) incontrolável. E, no fim, sobra novamente aquele tal um dia após o outro, para respirar fundo e tentar fazer e esperar com equilíbrio, sem demorar para levantar da queda, sem cair e cair em si, muitas vezes seguidas.
Frases... [197]
"Tudo o que um sonho precisa para ser realizado é alguém que acredite que ele possa ser realizado." [Roberto Shinyashiki]
quarta-feira, 6 de março de 2013
Não preciso de um título
Não consigo entender do que serviu a abolição já que se continua a obrigar pessoas a trocar espelhos por pau-brasil. De que mesmo vale à pena a liberdade de "escolher" ficar no meio de um monte de pedras com zumbis que disputam qual deles pode dar mais pedaços de papel em troca de cacarecos, os quais eles vão jogar fora depois, enquanto o dia passa do lado de fora?
Filhos caem, levantam, aprendem, choram e os pais mal veem. Para compensar, eles despejam todos os cacarecos, que conseguiram por ficar trancafiados por muito tempo sem reclamar demais, em cima deles e, assim, mostram como ser bons zumbizinhos.
E depois que o tempo passa, os pais olham para o resultado dessa educação e não entendem onde foram parar aquelas criaturas cheias de ternura e como a carência deles antes por atenção se tornou chantagens para conseguir coisas fúteis. Os filhos, por sua vez, para conseguir mais inutilidades, precisam ir atrás da sua própria montanhas de pedras, e aproveitar para vomitar toda a sua boa educação em gente alheia.
Durante esse tempo todo, havia um sol, um céu que, às vezes, sorria, às vezes, chovia, havia vento, haviam outras pessoas, que trocariam sorrisos por outros sorrisos. Mas de que isso importaria, de que isso valeria, se não poderia ser pago com papel colorido, daquele que se consegue por ser um zumbi exemplar?
Frases... [196]
“Conhecimento é saber que um tomate é fruta, sabedoria é saber que não se deve usar um tomate em uma salada de frutas.” [Charliton Albert]
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