Sozinha. Ta aí uma coisa que eu não me sinto. Uma imensidão de concreto e máquinas, uma multidão de desconhecidos, milhares de pessoas e, tecnicamente, nenhum amigo. Muita responsabilidade, pouco dinheiro, muitas tarefas, pouco tempo. Conforto e proteção quase nulos. Solidão. Esse deveria ser o resumo para todas essas palavras, mas não. Não é preciso mais de uma ligação com aquela voz para saber que a proteção que vem dela não diminui com a distância. Basta uma troca palavras para sentir que o tamanho de uma amizade atravessa oceanos. Ver um único rosto se aproximando já é o suficiente para saber que os próximos quinze minutos valerão o dia inteiro. É verdade que meus amigos e família estão longe, e é verdade que uma pessoa não substitui todas elas, mas também é verdade que não é preciso que estejam todos perto e nem que uma pessoa substitua todos os outros. Sei que para os sonhos não há barreiras, para a felicidade não há limites, e para o amor nada é impossível, e solidão... Solidão é a última coisa que poderia sentir agora. Sozinha. Tá aí uma coisa que eu não me sinto.
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