Não sei se isso acontece só comigo, mas, às vezes, de repente, me vem uma quietude. Não é tristeza, não é saudade, nem melancolia, também não é preocupação ou nervosismo, nem ao menos paixão ou desamor. É só uma vontade de ficar quieta, sem rir, chorar, sem precisar responder as pessoas. Só ficar quieta. É, quem sabe, uma necessidade de parar a correria, por alguns eternos segundos, e se permitir pensar. Pensar em uma pessoa especial ou em uma conversa sem importância que ouviu na rua, pensar num futuro próximo ou num passado distante. Pensar em uma música, em um texto lido, em coisas que fazem rir, em lembranças que fazem chorar, em um plano para o futuro, mas não no que tem pra fazer daqui a poco. Pensar em um monte de coisas lógicas e num outro tanto sem sentido. Pensar em tudo e, ao mesmo tempo, em nada, tudo misturado, sem ordem. E o melhor é que não importa quanto pensamentos me venham a cabeça, eles não me cansam, pois eu não preciso pensar no que fazer com eles... Eles apenas fluem, sem necessidade de conclusão ou resolução. Eu posso me perder o quanto quiser sem precisar me achar novamente.
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