Buscar aqui...

terça-feira, 17 de maio de 2016

Voltei a escrever

A gente podia ter dado certo. Quem vai saber? Pesquisas mostraram que a maioria das pessoas, no momento de sua morte, não se arrependem daquilo que fizeram, mas do que não fizeram. Mas se a vida é feita de escolhas é impossível viver tudo. Algo sempre ficará por ser feito. Sendo assim, esse tal arrependimento é inerente à vida humana. 

No entanto, esse texto não é sobre arrependimento, é sobre aprendizado, e por isso quero te confessar algumas coisas, algumas coisas que você não sabe sobre mim, que, talvez, nem eu mesma sabia.

Com você encontrei algumas respostas que estavam desorganizadas dentro de mim. 

Espero saber aplicar este novo conhecimento, espero não esquecer dele nas horas cruciais. Pois, eu já sabia que fazia mal ficar levando uma situação banal adiante por não saber lidar direito com ela, por ficar brigando comigo mesma, por ter medo de colocar um ponto final; porém eu ainda ignorava o poder da conversa e o quando ela pode trazer paz.

Eu também acabei ignorando o fato de que o momento que eu mais gostei de viver dia-a-dia, foi quando eu estive "fora de casa". Eu gosto da minha vida independente, eu gosto de cozinhar para dois, eu gosto de ter a minha casa, meu lar é lá fora. E eu ainda quero isso, eu ainda preciso disso e eu busco isso. Contudo, depois de um grande tropeço eu fui ficando mais cautelosa, eu queria aquela vida, mas sem aqueles problemas que me puxavam para trás. Bem, mas isso seria perfeito! E a perfeição não existe.

E você jamais seria o cara perfeito, pois você é de verdade. Você é o cara que manda um parágrafo de resposta ao invés de um emoji, você gosta de discutir sobre diversos assuntos por horas. Por outro lado, você me irrita, às vezes, muitas vezes. Mas talvez, eu aprendesse a lidar com isso. Talvez eu até aprendesse a cozinhar pratos que agradem seu paladar selecionado (sentiu o tom de ironia, né?).

Porém, como eu disse, este não é um texto de arrependimento, é um texto sobre o que eu aprendi com você. E eu aprendi que da próxima vez eu vou prestar mais atenção ao que me agrada e menos ao que me faria pular fora, da próxima vez, eu vou falar quando tiver vontade e vou deixar mais claro que eu me importo com quem se importa comigo, vou dizer que sinto saudades, mandar mensagem de bom dia, mesmo que tenha sido eu quem tenha mandado o boa noite, e mesmo que a resposta demore duas horas pra chegar e eu fique puta da cara com isso.

E tudo bem se não sair como o esperado. No fim, pelo menos algum texto eu acabo escrevendo. 

Deixarei o arrependimento para o fim da vida, durante ela eu vou mesmo é aprendendo.

A geração de mulheres "inamoráveis"!

Uma vez, num bar, ela disse-me: “Neste mundo existem pessoas ‘inamoráveis’, e eu sou uma delas”.

Aquilo intrigou-me durante toda a noite... uma palavra fora do dicionários que ela usava para de descrever, e porquê? Observei-a enquanto ela, tímida, finalizava mais um copo de cerveja. Eu estava com ela havia quatro horas, quatro horas onde conversamos sobre filosofia, arte, astrologia, cinema e viagens... Quando ela se dirigia ao empregado de balcão, o bar inteiro parava para vê-la... Tinha o seu carro, a sua casa e era do tipo que não dependia de ninguém, então porquê pensar assim? Ter-se-ia ela fechado para os relacionamentos?

Ela fez uma cara de entediada e chamou-me para caminhar enquanto fumava um cigarro, até a saída sorriu e cumprimentou toda a gente com aquele jeito danado de menina do mundo...

Aquilo era muito pequeno e raso para ela, concluí eu.

Na rua todos passavam apressados, ela divertia-se com os animais abandonados, abaixou-se e entregou a sua garrafa de água para o morador da rua, explicou o endereço de um bar em alemão para um estrangeiro perdido que agradeceu com um sorriso, comprou chicletes de uma criança e na minha cabeça só ecoava: “inamorável”...

Foram horas a observar aquela mulher, até não me aguentar e voltar ao assunto... Eu queria entender melhor, eu queria ua definição como num dicionário. Então ela pegou na minha mão e puxou-me para um bar onde tocava uma bande de rock, ficou em silêncio por longos 30 minutos a observar tudo, até que disse:

-“Olha ao teu redor, estamos aqui já há algum tempo e durante esse tempo passou por nós uma mulher a chorar porque o seu namorado terminou com ela e hoje já está com outra, pois ele acredita que pessoas são substituíveis... naquela mesa estão 10 pessoas e elas não conversam entre si porque estão nos seus smartphones. Talvez aquela mulher de vermelho seja a mulher da vida do rapaz de azul, mas ele nunca saberá pois é orgulhoso demais para tentar. Observa aquele rapaz de pólo no bar, é o terceiro copo de Martini que ele toma enquanto olha para aquela loira, que por sua vez está a tentar chamar a atenção do vocalista que fingirá que ela não existe por causa da ruiva e da morena que ele pega em dias alternados, e ele não pode ficar mal perante as outras.

Olha ao teu redor, não fazemos parte disso, não somos rasos. Não fazemos mesmo parte disso! Entramos sem telefone na mão, na expectativa de encontrar pessoas simpáticas e interessantes, com conversas interessantes, com relações reais e voltamos para casa sozinhos, somos invisíveis num mundo de estatutos onde as pessoas não vão querer-te porque tu moras longe, ou porque não gostam da tua cor de cabelo ou porque tu não curtes os Beatles, acontece tudo tão rápido que as pessoas estão com preguiça de fazer o mínimo de esforço para conhecer realmente alguém. Eu passo por essa legião como um fantasma por eles estão ocupados demais para ver quem está ao redor enquanto procuram alguém no tinder.

E eu importo-me? Não mais. Sou inamorável porque não me importo com nada disso. Não me importo com nenhum desse estatuto, não me importo em quanto tempo levo para conquistar a pessoa, se ela realmente vale a pena, não me importo se terei que atravessar a cidade para vê-la quando tiver saudades e não me importo se ela me presentear com um convite para ir ver o show dos Beatles porque é importante para ela mesmo eu detestando a banda. Porque eu sou assim, e se antes era isto que procurávamos em alguém, hoje em dia somos considerados inamoráveis por mantermos o coração e a mente aberta.”

Naquele momento eu entendi-a, e apaixonei-me pelo mundo dela.


Akasha Lincourt

~Retirado de http://jafoste.net/a-geracao-de-mulheres-inamoraveis/

Hoje

Hoje o dia está lindo. Apesar do frio, o céu não tem nuvens, do jeito que me deixa radiante. Hoje eu tenho muito trabalho a fazer, algo que me deixa contente e animada, faz o dia passar rápido e ser produtivo. Mas hoje, é um dia diferente, um dia em que olho para o céu e procuro um raio de sol que me abrace e faça com que eu me sinta confortável por estar aqui, hoje é um dia que eu espero que me deixem em silêncio, a sós com meus pensamentos.

Hoje eu me pergunto porque te conheci, me pergunto como pode ser possível ter te visto só uma vez e ter sentido tanto quando você escolheu não me dar mais bom dia. Hoje eu penso que se não tivéssemos nos cruzado, sua vida continuaria a mesma, o curso ia seguir da mesma forma, você teria escolhido o mesmo caminho, e eu... Pra mim, hoje seria só mais um dia.

Hoje, penso ainda, que se você não tivesse passado assim tão rápido eu ainda não teria aprendido que quando se sente é melhor que se diga logo de uma vez, que quando se importa é melhor fazer que o outro saiba disso, mesmo que ele entenda tudo errado; e que tentar não magoar não evita lágrimas. 

Hoje, mesmo sem muita certeza, eu digo que teria me arrependido de qualquer forma, pelo erro ou pela hesitação. Hoje eu sei que apego não é mesmo bom, mas que é fácil demais se apegar. E não considero isso muito justo.

Hoje eu entendo que estou longe de entender alguma coisa, a única certeza que tenho é que sentirei uma certa vergonha quando reler esse texto amanhã. Mas hoje, eu precisava dele, eu precisava escrever pra esvaziar a mente, precisava deixar ele aqui, onde todo mundo pode ver, mas ninguém vai encontrar.

segunda-feira, 24 de novembro de 2014

Simpatia para ser feliz no próximo ano

Percebendo que estamos na última semana do mês de Novembro e que, quando menos percebermos, Janeiro já estará aí, trazendo um ano novinho em folha pela frente, decidi compartilhar uma simpatia para atrair felicidade que tem dado certo comigo, durante alguns ano. 

É uma simpatia de apenas três passos e que não exigem nenhum gasto financeiro, nenhuma cor de roupa e nenhuma erva difícil de encontrar. Aí vão eles:

 1. Foque-se em você mesmo. Em primeiro lugar, ame-se. Se eu fosse resumir essa simpatia em apenas um tópico, com certeza seria: tenha amor-próprio. Antes de tomar qualquer decisão pense em você, no que vai te deixar melhor, se tiver que decidir por um sacrifício, que seja momentâneo, e que o faça sentir-se satisfeito depois de concluí-lo. E, segundo, encontre em você a solução para seus problemas. Antes de apontar o dedo para os atos alheios que o prejudicam, aponte os seus próprios erros. Mas não se culpe. Faça isso para saber onde você precisa melhorar... Seja no relacionamento com a família e amigos, seja no ramo profissional, seja na vida afetiva, foque-se em você, se conheça, trace metas, e as alcance corrigindo-se a si próprio.

2. Encontre prazer no que você faz. O seu trabalho pode não ser o melhor do mundo, porém também não é o pior. Encontre o que é bom nele, se é a conversa com algum colega de trabalho, se é estar na profissão que gostaria ou se seu trabalho atual está te levando mais perto da profissão que sonha; se são os clientes/pacientes que atende, os alunos que ensina, o cafezinho que a tia da limpeza faz... Não importa quão pequeno seja, algum ponto positivo seu trabalho vai ter. E não só ele. Encontre prazer em cada ação do dia que você conseguir. Se o trânsito congestionar aproveite para ouvir uma música que gosta. Lavar a louça e limpar a casa não são as atividades favoritas da maioria das pessoas, contudo, quem não gosta de ter uma casa limpinha e cheirosa? Cozinhe o que você gosta ou o que o te faça sentir-se um chefe de cozinha, mesmo que seja um sanduíche com uma vitamina que você inventou com tudo que tinha na geladeira. Aproveite para sentir satisfação nas pequenas tarefas: se vestir, olhar no espelho e pensar em como você está elegante ou estiloso, hoje; tomar um banho e se desconectar do mundo, trocar um sms com um amigo ou com um amor que o faça sorrir. Dê valor à sua vida!

3. Não cuide da vida dos outros. Essa é pra fechar com chave de ouro a minha simpatia, já que nem mesmo seria possível realizar os outros dois passos cuidando da vida alheia. De nada adianta ficar cuidando de uma vida que não é a sua, isso não passa de um enorme desperdício de tempo. Assim como de nada adianta se comparar com os outros ou invejá-los. Mais desperdício de tempo. A única vida que pode tornar seus dias melhores é a sua. 

Por isso concentre-se nos dois primeiros passos, sem esquecer do terceiro e seja feliz, no próximo ano, hoje e sempre.

quarta-feira, 22 de outubro de 2014

O mundo está preso

O mundo está perdido. Esta é uma frase que qualquer pessoa já deve ter se pego falando ou, ao menos, pensando, pelo menos uma vez, nestes últimos anos. E por que o mundo está perdido? Ou seria em que? Este, certamente, é o ponto em que está a divergência - os motivos - e é nesta divergência que o mundo está perdido. O mundo está perdido no meio das pessoas que buscam felicidade e das que buscam poder.

As que buscam felicidade são as que querem um mundo, realmente, melhor para todos os que vivem nele, repleto de liberdade, em que cada um possa ser quem quiser; as que almejam evolução nos mais variados sentidos e não pensam em retroceder aos tempos que já se passaram. O segundo grupo, por sua vez, concorda que, nos tempos antigos, tudo era diferente e que seria melhor, se voltasse a ser daquela forma, mas, por outro lado, não quer do passado os aspectos que não lhe trazem benefício algum.

Para este último grupo, antigamente, não existiam tantos homossexuais, ou pelo menos, não tinha tanta "sem-vergonhice" à mostra. Crê-se, assim, que estas pessoas nunca estudaram história, muito menos tenham realizado pesquisas sobre o tema; entende-se, também, que os seres humanos adoram sofrer preconceito, ter medo de apanhar ao caminhar, nas ruas, e ser rejeitado pela família; por isso há tantos gays. 

Além disso, para este grupo, o mundo está perdido por causa dos inúmeros casos de gravidez na adolescência. Contudo, com quantos anos nossas avós engravidaram? E nossas mães, tias, madrinhas? Ah, mas naquele tempo era diferente, elas casavam. Sim, naquele tempo, elas não tinham a opção de escolher o que era melhor para si e para seus filhos, elas deviam ficar para sempre presas ao seu marido, mesmo que ele fosse violento, ou não as fizessem bem. E quando a escolha se trata de se fazer um filho para os avós cuidarem? Isso seria uma contrapartida interessante deste grupo, porém, se antes isso não acontecia, como há tantas pessoas que foram criadas por seus avós?

Outro ponto importante para o mundo estar perdido, segundo este grupo, é a falta de religião. Ou seja, quando o sistema governamental era dirigido pelo clero, não havia problemas, tudo estava dentro da perfeita ordem, todos estavam felizes, todos podiam crescer e buscar melhoria de condições. Ademais, os países com liberdade religiosa, inclusive, com grande população ateia, e governo laico, como Suécia e Reino Unido, são, de longe, Estados mais violentos e com mais problemas sociais, que países como o Brasil e a Palestina, não?

Em contrapartida, pergunte a pessoas deste grupo se elas querem largar seus Ipads, Ipods, Iphones, máquinas de lavar roupa e louça, televisões a cores, etc. Para que largar se o mundo evoluiu? Mas, antigamente, o mundo não era melhor? E  por isso que este é o grupo dos que buscam o poder, o grupo dos antigos reis soberanos, dos déspotas esclarecidos, dos governantes corruptos, o grupo dos que só pensam em se auto-favorecer, que não querem um mundo em crescimento, pois isso seria dividir poder com muita gente. Claro que neste grupo há também os servos, que não sabem pra quê ou por quem estão lutando e todavia continuam na comodidade de não saber, defendendo ideais furados, com ênfase.

E assim, o mundo continua perdido, ou preso, por melhor dizer. Preso no preconceito, infeliz e inacreditavelmente, passado de geração a geração, segurando o mundo que quer buscar a felicidade, dia após dia, que se preocupa com o bem estar e a segurança pública, com o respeito às tradições, à religiosidade, à liberdade de expressão, que não quer combater a oposição, por combater; mas que quer discutir para um bem geral, lutar contra a desigualdade, e que sabe que o mundo não está lá como deveria estar, mas que quer andar para frente para resolver o que é preciso, buscando fazer com que o mundo se encontre, ao invés de continuar se perdendo ainda mais.

quinta-feira, 31 de julho de 2014

Baile com a vida

Seja mais humilde e gentil consigo mesmo e se permita ver o quanto a vida é bela. Mas bela mesmo, bela de verdade, que caminha com tanta graciosidade que mal se pode acreditar. Aceite o que você tem em mãos, seja um problema difícil para solucionar ou uma pilha de trabalhos para fazer. Não se descabele, os dias vão passar, a vida vai correr. Faça uma coisa de cada vez, vida um minuto de cada vez. Não guarde tudo na cabeça, pegue uma agenda, uma folha de papel, um pedaço de guardanapo, seja o que for, e anote o que você vai fazer, hoje. Lembre-se de que você precisa comer, tomar banho, descansar um pouco (sim, descansar um pouco), e então escreva ali o que você pode cumprir, e o faça. Então no próximo dia, faça, novamente. Perceba que aquele problema enorme, virou vários pedacinhos de problema que você pode resolver em um dia, e que a pilha de trabalhos virou um trabalho de cada vez. E assim, os dias passarão, e a vida fará sua tarefa de ser natural e leve. Todavia, não deixe que a vida só passe. Olhe para ela, a aprecie, a abrace também e até dê um cheiro, se for possível. Tenha também um dia gostoso, todos os dias. Se um dia sair errado, tudo bem, aproveite o próximo. Contudo não queira que tudo passe rápido e termine logo, pois a vida faz isso, naturalmente, e uma hora ou outra, tudo vai acabar para todos. E de que adianta que os tempos ruins terminem logo, se terminarem com eles todos os momentos bons que estavam escondidos no meio? Não se deixe cegar. Deixe-se enxergar. Faça a sua parte, um dia de cada vez, sem ambição de mais, nem de menos, e vá caminhando, graciosamente, junto com a vida, e perceba mais uma vez o quanto ela é bela, e como abre caminhos com a força e a leveza de uma bailarina. Baile com ela, e se permita, mais uma vez, ser gentil com você mesmo, como uma xícara de chocolate quente, que é doce e aquece, num frio de doer que faz congelar todos os dedos do pé.

quarta-feira, 23 de julho de 2014

A imortalidade dos mortais

A morte, como tudo que se desconhece, parcial ou completamente, é um tabu, no entanto, estive sempre ciente de que não há porque temê-la, de que ela é natural, e vai acontecer para todo mundo. Sempre ouvi minha mãe me dizer que a morte é covarde e sempre joga a culpa em algo, seja uma doença, acidente, crime ou idade, e, por mais que ela não seja uma estudiosa da área, sei que esta certa, pois a morte chega para todo mundo, é uma verdade inquestionável.

Nós, achamos que conhecemos a "Lei natural da vida", na qual os mais velhos morrem antes, os filhos enterram os pais. Mas é isto mesmo? Para a morte não há idade, morrem bebês, crianças, adolescentes, jovens, adultos, idosos, todo o tempo. A lei natural da vida é que todos encontrem o fim do seu ciclo. E ninguém sabe o tamanho do seu ciclo, sendo assim, não tem como saber quando chegará ao final.

John Green escreveu em "A culpa é das estrelas", "Alguns infinitos são maiores que outros", e a vida está realmente repleta de infinitos, feitos de pequenos momentos, mas que são imortais em nossas memórias. Alguns infinitos são tristezas que parecem que não vão terminar nunca, outros são alegrias tão intensas que parecem que nunca terão fim, há infinitos escondidos no sabor de uma comida que será sentido, talvez, apenas uma vez, numa roupa que te fez perceber a beleza que há em você e no sol que renasce todos os dias, mesmo por trás das nuvens. Há infinitos guardados na rotina e na quebra dela. Ninguém provou se há infinito além desta vida. O que todos sabem é que neste planeta, qualquer coisas que nasce, morre. Sejam as plantas, os animais terrestres, aquáticos, sejamos nós, os meros mortais.

Ao mesmo tempo, há a famosa frase "Nada se cria, tudo se transforma". Uma semente que morre, deixa lugar para uma flor, que por sua vez, murcha e vira adubo para aquele solo que lhe acolheu, para que se acolha outra vida no local, que também cumprirá seu ciclo. E assim, com todos os elementos do globo: um dá lugar ao outro, se transforma em outro, morre, mas morre com a importância de dar continuidade ao ciclo da vida.

A nossa sorte, é que não precisamos morrer para uma flor crescer no coração de alguém, ou padecer para adubar o conhecimento. E também, certamente, quando o nosso fim chegar, não será em vão, certamente, não seremos exceções, nossa morte também será parte importante neste ciclo. Nos transformaremos, seja numa lembrança boa, numa imortal saudade, numa motivação sem igual ou um exemplo que tratá o sucesso para alguém.

quarta-feira, 2 de julho de 2014

Com "M" de Mulher e não "C" de Corpo

Definitivamente não é qualquer um que consegue enxergar a beleza de uma Mulher. Digo isso porque é muito fácil encontrar, pela rua, caras que são atraídos pelas bundas e peitos à mostra e cabelões compridos. Mas é difícil quem enxergue além disso.

Isso não é um julgamento, pelo menos não uma categorização de quem está certo ou errado, ou separando belezas em patamares diferentes. Pelo contrário, sou a favor de todas as belezas. Também não acredito que os caras que enxergam "de verdade" uma Mulher, não fiquem atraído pelas curvas do seu corpo. Só acho que é bobagem uma mulher querer ganhar a atenção ,justamente, dos caras que SÓ pensam com a cabeça de baixo, dos que quando olham um ser do sexo feminino enxergam um corpo e não uma Mulher. 

Até poderia dizer que não tenho nada contra as mulheres que se sentem bem assim, sendo alvo das cantadas alheias, mas estaria mentindo, pois sou contra a superficialidade. Particularmente, não me sinto só um corpo, me vejo como uma pessoa, e vejo da mesma forma os outros seres humanos. Gente. Com tanta beleza que é um desperdício deixar de apreciar cada detalhe.

Gosto de elogios. Na verdade, sou uma pessoa que se alimenta deles. Gosto muito de ouvir palavras de motivação, reconhecimento, etc. Sou vaidosa. E sou exigente. Meu ego precisa de muito mais que um assovio de pedreiro (desculpa o clichê, nada contra a classe) para me sentir elogiada. Ao mesmo tempo, que pra saber que sou linda, só preciso me olhar no espelho. E não é narcisismo. Eu acredito que qualquer pessoa deveria se achar linda ao ver sua própria imagem, não há motivo para que se pense diferente disso. É um dever e uma necessidade se amar, pelo que se é. E eu me amo pelas minhas atitudes. Minha beleza é feita delas. Uma roupa sozinha é só uma roupa, um corte de cabelo é só um corte de cabelo. A maneira com que cada um carrega isso é que os torna belos.

E é por isso que eu gosto de ser apreciada pelo que eu mesma não enxergo, por mais do que eu mesma posso ver. Pelo jeito que me visto, que me maquio, me arrumo, como demonstro quem eu sou. Me sinto nas nuvens quando alguém aprecia meu trabalho e fico, completamente apaixonada por mim e pela vida, quando alguém percebe em mim uma virtude que ninguém mais tinha percebido antes. Pois isto é enxergar o tão peculiar que há no belo.

Portanto, eu creio, que mesmo no primeiro olhar, é possível enxergar mais que a beleza superficial. É possível encontrar beleza nos jeitos, jeito de olhar, andar, falar, sorrir, se portar, balançar o cabelo, etc. Sendo utopia ou sendo poucos os que tenham essa capacidade, sendo sonho ou não, é desse tipo de pessoa que eu quero chamar atenção quando sair na rua, pois é assim que me sinto respeitada, e respeito é um direito de todos.

segunda-feira, 16 de junho de 2014

Sua vida pode ser melhor ainda

Estamos tão acostumados a colocar a culpa na vida pelo nosso cansaço, tristeza e estresse, que não paramos para pensar, sequer um minuto que a culpa pode ser de nós mesmos. Nos chateamos com pessoas que não nos dão o devido valor, enquanto podíamos estar voltando nossas atenções para aquelas pessoas que nos valorizam, nos procuram, nos gostam. Reclamamos de uma carga excessiva de trabalho, por exemplo, culpando nosso chefe (é claro!), quando quem deixou que a situação chegasse a esse ponto fomos nós, que aceitamos tarefas a mais que as pré estabelecidas, sem ao menos pedir um aumento por elas. Nos irritamos com determinadas rotinas, cujas quais nem somos obrigados a cumprir, e ainda assim, não fazemos nada para mudar, vamos "empurrando com a barriga", como se diz. Sendo assim, quando se sentir aflito, irritado, acoado, pare para pensar no que está te causando estes sentimentos. E seja verdadeiro consigo mesmo. Ninguém vai saber desta sua reflexão, se você não quiser. Portanto, você não precisa arranjar desculpas ou explicações lógicas para seus motivos, você só precisa refletir e ser sincero com seus próprios pensamentos, para encontrar a causa do que está te tirando a paz. E a partir disto, repense. Veja como você próprio está contribuindo para este cansaço emocional e se você, realmente, precisa agir desta forma. Mais uma vez, seja verdadeiro em encontrar respostas e mude se for preciso. Ninguém precisa saber disso também. Você pode mudar de vagar e pode começar agora mesmo, só não deixe que mais ninguém coloque motivos para sua vida não ser a melhor possível, muito menos você mesmo.

sexta-feira, 13 de junho de 2014

Porque não estou gritando "GOOL"

Ser contra a copa do mundo no Brasil não é dizer que sou contra a seleção brasileira, que estou torcendo para que ela perca, que não gosto de futebol. Ser contra a copa é ser contra mais um tipo de roubo do meu dinheiro. Cada um tem o seu direito. Quem quer comemorar, tem o direito de o fazer. E eu tenho o direito de não concordar. Eu não faço parte dos que apertaram verdinho para colocar no comando o governo que trouxe a copa até aqui e tenho o direito de reclamar. Querem comemorar, torcer, gritar? Tudo bem. As redes sociais servem para cada um expressar os seus sentimentos, e não sou contra ninguém narrar o jogo, digitar "gooool" e etc. Não sou contra o povo, isso seria inclusive uma contradição do que eu defendo. Eu sou contra uma organização mundial corrupta ser capaz inclusive de anular uma das poucas leis de segurança pública que funciona no país, fico indignada porque já não chega a corrupção dos nossos queridos governantes que desvia grande parte das verbas que deveriam ser destinadas para a melhoria da condição de vida de uma população? Agora milhões e milhões são gastos em estádios, cujos alguns serão usados quatro ou cinco vezes, ao invés de investir em tantos pontos que sabemos que o nosso país precisa. Eu sei que a grande maioria dos que estão nas páginas sociais felizes porque #vaitercopa, não precisam da grande maioria dos nossos serviços públicos, como saúde e educação, por exemplo. Mas um depoimento que li hoje no Facebook, me fez ver ainda mais que o problema é de todos sim e não somente dos mais carentes, ninguém esta livre de precisar de um serviço como esse. O post é de uma moradora de Belo Horizonte e ela escreveu, por volta das 19:40: "Um acidente aconteceu há mais de 1h na esquina no meu prédio e o resgate até agora não veio! Gente q absurdooooo tem um cara lá q não se mexe desde o momento q caiu e ninguém pode fazer nadaaaaaa. PQP! #samu". Eu mesma já vi o SAMU agir de maneira muito eficiente. Mas ontem, em dia de FIFA Fun Fest, onde vocês acham que o SAMU estava? É isso que me entristece, tirar dos que precisam o pouco que têm. Se o Brasil tivesse estrutura para sediar um evento esportivo sem prejuízos para a população, eu também estaria gritando, comemorando. Eu adoro esporte, assisto a jogos de vôlei, acompanho olimpíadas de inverno, gosto de ver uma partida de futebol bem jogada, etc. E não seria diferente com a Copa, se eu não soubesse de tantos ônus que este mundial está trazendo, para mim, para minha família e para todos. E eu sinto muito por tudo isso. Meu sentimento é de tristeza e derrota diante de mais uma decisão mal tomada por quem deveria olhar pelos que os elegem, e é somente por isso que eu não consigo fazer festa. Pra quem consegue, bom mundial e boa torcida!