Estamos tão acostumados a colocar a culpa na vida pelo nosso cansaço, tristeza e estresse, que não paramos para pensar, sequer um minuto que a culpa pode ser de nós mesmos. Nos chateamos com pessoas que não nos dão o devido valor, enquanto podíamos estar voltando nossas atenções para aquelas pessoas que nos valorizam, nos procuram, nos gostam. Reclamamos de uma carga excessiva de trabalho, por exemplo, culpando nosso chefe (é claro!), quando quem deixou que a situação chegasse a esse ponto fomos nós, que aceitamos tarefas a mais que as pré estabelecidas, sem ao menos pedir um aumento por elas. Nos irritamos com determinadas rotinas, cujas quais nem somos obrigados a cumprir, e ainda assim, não fazemos nada para mudar, vamos "empurrando com a barriga", como se diz. Sendo assim, quando se sentir aflito, irritado, acoado, pare para pensar no que está te causando estes sentimentos. E seja verdadeiro consigo mesmo. Ninguém vai saber desta sua reflexão, se você não quiser. Portanto, você não precisa arranjar desculpas ou explicações lógicas para seus motivos, você só precisa refletir e ser sincero com seus próprios pensamentos, para encontrar a causa do que está te tirando a paz. E a partir disto, repense. Veja como você próprio está contribuindo para este cansaço emocional e se você, realmente, precisa agir desta forma. Mais uma vez, seja verdadeiro em encontrar respostas e mude se for preciso. Ninguém precisa saber disso também. Você pode mudar de vagar e pode começar agora mesmo, só não deixe que mais ninguém coloque motivos para sua vida não ser a melhor possível, muito menos você mesmo.
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segunda-feira, 16 de junho de 2014
sexta-feira, 13 de junho de 2014
Porque não estou gritando "GOOL"
Ser contra a copa do mundo no Brasil não é dizer que sou contra a seleção brasileira, que estou torcendo para que ela perca, que não gosto de futebol. Ser contra a copa é ser contra mais um tipo de roubo do meu dinheiro. Cada um tem o seu direito. Quem quer comemorar, tem o direito de o fazer. E eu tenho o direito de não concordar. Eu não faço parte dos que apertaram verdinho para colocar no comando o governo que trouxe a copa até aqui e tenho o direito de reclamar. Querem comemorar, torcer, gritar? Tudo bem. As redes sociais servem para cada um expressar os seus sentimentos, e não sou contra ninguém narrar o jogo, digitar "gooool" e etc. Não sou contra o povo, isso seria inclusive uma contradição do que eu defendo. Eu sou contra uma organização mundial corrupta ser capaz inclusive de anular uma das poucas leis de segurança pública que funciona no país, fico indignada porque já não chega a corrupção dos nossos queridos governantes que desvia grande parte das verbas que deveriam ser destinadas para a melhoria da condição de vida de uma população? Agora milhões e milhões são gastos em estádios, cujos alguns serão usados quatro ou cinco vezes, ao invés de investir em tantos pontos que sabemos que o nosso país precisa. Eu sei que a grande maioria dos que estão nas páginas sociais felizes porque #vaitercopa, não precisam da grande maioria dos nossos serviços públicos, como saúde e educação, por exemplo. Mas um depoimento que li hoje no Facebook, me fez ver ainda mais que o problema é de todos sim e não somente dos mais carentes, ninguém esta livre de precisar de um serviço como esse. O post é de uma moradora de Belo Horizonte e ela escreveu, por volta das 19:40: "Um acidente aconteceu há mais de 1h na esquina no meu prédio e o resgate até agora não veio! Gente q absurdooooo tem um cara lá q não se mexe desde o momento q caiu e ninguém pode fazer nadaaaaaa. PQP! #samu". Eu mesma já vi o SAMU agir de maneira muito eficiente. Mas ontem, em dia de FIFA Fun Fest, onde vocês acham que o SAMU estava? É isso que me entristece, tirar dos que precisam o pouco que têm. Se o Brasil tivesse estrutura para sediar um evento esportivo sem prejuízos para a população, eu também estaria gritando, comemorando. Eu adoro esporte, assisto a jogos de vôlei, acompanho olimpíadas de inverno, gosto de ver uma partida de futebol bem jogada, etc. E não seria diferente com a Copa, se eu não soubesse de tantos ônus que este mundial está trazendo, para mim, para minha família e para todos. E eu sinto muito por tudo isso. Meu sentimento é de tristeza e derrota diante de mais uma decisão mal tomada por quem deveria olhar pelos que os elegem, e é somente por isso que eu não consigo fazer festa. Pra quem consegue, bom mundial e boa torcida!
terça-feira, 10 de junho de 2014
Pobreza é não conhecer sua própria força
quarta-feira, 4 de junho de 2014
Imaturidade irritante
Já é muito irritante um adolescente que bate a porta e faz escândalo quando não tem permissão para fazer algo que quer, ou quando ninguém dá bola para o seu cabelo que não ficou na cor que queria, pior, então é um "adulto", fazendo escândalo ou virando a cara para quem não merece, por coisas que acontecem, cotidianamente. É, praticamente, insuportável.
Se qualquer um que viveu um pouco mais que a adolescência (ou até menos que isso), sabe que os homens não são justos e sabe que se viver fosse fácil se chamaria ferver salsichas (e olha, que mesmo assim, há quem as queime), não entendo o porquê de um adulto querer se revoltar contra as pessoas a sua volta por situações que não foi culpa delas terem acontecido.
Uma coisa é ir atrás dos seus direitos, fazer manifestações, procurar mudar o rumo de algo que não está como deveria, procurar os superiores e cobrá-los por suas injustiças. Outra, completamente diferente é xingar a caixa da loja por ter comprado uma roupa que não durou um dia, ou virar as costas para um colega de trabalho sendo que foi o chefe ou o outro colega quem fez coisa errada. Sair gritando, brigando, sem argumentos não faz parte do perfil de uma pessoa madura, assim como julgar os outros, se considerando o dono da razão, montado nos argumentos, quando não se precisa pagar pelo teto que vive, pela comida que come, também não é nada maduro. Aliás, julgar não é nada maduro.
Uma pessoa madura, que aprendeu com o que viveu e com o que viu os outros viver, sabe que, infelizmente dignidade não paga as contas, honra não coloca a comida na mesa, e não é culpa, sempre e/ou somente, de quem tem que concordar com o que não quer, ou fazer uma tarefa que não deseja, quando se tem uma casa para sustentar, um filho pra cuidar, uma doença para pagar o tratamento, etc. Sabe, também, que erros acontecem, que as pessoas sentem medo, fazem coisas sem querer, falam o que não deviam sem perceber.
Maturidade depende de muita empatia, autocontrole e sabedoria, mas não é algo tão difícil de se alcançar quando se está disposto a crescer e a aprender com a vida e as pessoas ao redor.
Sendo assim, virar a cara para a vida e para o mundo, pelo simples fato de "não gostei do que aconteceu" e não procurar entender e aprender com as circunstâncias, são as piores partes da falta de maturidade de uma pessoa, e o julgamento é, certamente a pior delas, pois desconta em quem não merece a sua falta de crescimento pessoal, em quem também tem que enfrentar problemas, em quem também tem vida pra cuidar, e ainda tem que aguentar desaforo alheio, de um adulto com cabeça de um adolescente mimado.
Sendo assim, virar a cara para a vida e para o mundo, pelo simples fato de "não gostei do que aconteceu" e não procurar entender e aprender com as circunstâncias, são as piores partes da falta de maturidade de uma pessoa, e o julgamento é, certamente a pior delas, pois desconta em quem não merece a sua falta de crescimento pessoal, em quem também tem que enfrentar problemas, em quem também tem vida pra cuidar, e ainda tem que aguentar desaforo alheio, de um adulto com cabeça de um adolescente mimado.
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segunda-feira, 2 de junho de 2014
Diga sim ao amor
Há mais ou menos uma semana li um texto sobre a "lei da palmada", como era chamada até então, e o assunto ficou girando na minha cabeça e me fez refletir em como, um dia, eu mesma pude acreditar que um tapinha, às vezes, poderia ser necessário na educação de uma criança e chegar à conclusões sobre porque as pessoas usam a violência para fazer com que seus filhos as obedeçam.
Os animais só atacam quando se sentem ameaçados, e os humanos, quando deixam seu racional de lado, agem da mesma forma. Os pais têm medo de que seus filhos não sigam suas regras e se machuquem, risquem a parede, não queiram se alimentar direito, tomar banho, entre outras coisas, e têm medo, principalmente, de falharem na formação destes serzinhos que eles tem o dever de transformar em homens e mulheres "de bem". Quando, os adultos sentem sua autoridade ameaçada, por não conseguirem "ensinar" seus pequenos humanos, acabam usando da força para amedrontá-los e forçá-los a seguirem o que estão querendo que façam. O que estes não percebem, infelizmente, é que esta atitude, não educa e não traz crescimento nenhum, e sim faz com que as crianças obedeçam (isso quando obedecem), por medo e não por aprendizado ou respeito.
No entanto, a medida que o tempo passa, elas aprendem que podem fazer coisas às escondidas, para não apanhar, ou até mesmo cometem os erros sabendo que vão levar uns tapas, por perderem o medo da dor ou não se importarem com ela, até chegar à idade em que não tenham mais tamanho para apanhar, e então, não se tornam mais controláveis e passam a ter atitudes prejudiciais a si mesmos, por vontade ou por não terem aprendido que determinadas ações trazem consequências que não são boas para quem as comete.
Sendo assim, chegamos a três importantes levantamentos. O primeiro é que os pais ao agirem assim, estão tentando controlar seus pequenos e, como o texto que eu li dizia, os filhos não são propriedades dos pais, os pais devem cuidar e educar suas crianças para se tornarem adultos inteligentes, conscientes e que busquem o melhor caminho para si próprios. O segundo, o qual também era explanado no texto em que me inspirei, é que até agora este tipo de educação não deu certo, as "palmadinhas" só criaram adultos que quando se sentem acoados, sem argumentos, partem para a violência física, chegando ao ponto de matar alguém por não terem conseguido o que queriam. E o terceiro, o qual eu considero mais importante, é que crianças são esponjas, que absorvem informações de todos os cantos, todavia, principalmente, das ações que os cercam. Como alguém pode esperar que seu filho não seja histérico e agressivo, quando está diante de gritos o tempo todo ou recebendo correções físicas por atos que, apesar de saberem que são errados, não tem conhecimento da real gravidade de a terem cometido?
Não sou mãe, mas observo a educação das crianças que conheço, pois acho importante encontrar pontos positivos e negativos de uma criação, para evoluir meu pensamento antes de colocar um novo ser, no mundo, e no meu último emprego, trabalhando de recepcionista, em uma clínica, me deparei com exemplos muito nítidos de como o exemplo dos pais e a forma que eles usam as palavras refletem nas crianças, assim como o estresse e falta de paciência dos mesmos.
Por um tempo, acreditei que as crianças eram uns verdadeiros monstrinhos, que não sabiam se comportar, gritavam, choravam, rasgavam revistas e batiam coisas o tempo, por serem criaturas que não conseguiam controlar sua energia e não tinham maturidade para ficarem esperando com educação em uma recepção. Contudo, ao observar melhor, comecei a perceber que a maior parte da culpa era de quem os acompanhava, adultos que falavam alto, gritavam com as crianças, as seguravam e as chacolhavam com força para tentar causar obediência.
Foi durante essa observação, que eu conheci o maior exemplo de que os filhos são espelhos dos seus educadores, uma menina de aproximadamente três anos, que eu nem percebi que estava na sala, e seu irmão, que com dezoito anos não se parece nada com os outros adolescentes que entram por aquela porta, pois os dois são serenos e educados, realmente, diferente do que eu estou acostumada a lidar. Seus pais são dois professores que, ao meu ver, são exemplos de como os pais deveriam tratar seus filhos, conversando, explicando o porquê cada ação deve ser tomada. Quando a pequena de três anos deixou seu guarda-chuva na cadeira da recepção e um papel no chão, seu pai a pediu que pegasse seu objeto e também que juntasse o papel, explicando o lugar de cada coisa. A menina obedeceu e, certamente aprendeu uma lição. Outra vez, ela chegou cansada e braba, no colo da mãe, porém não estava agressiva, como a maioria dos bebês que eu vejo, se debatendo, querendo dar tapas e gritar, ela só ficou acolhida nos braços da mãe, sem vontade de conversar, mas sem desrespeitar ninguém.
Conhecer esta família, foi um grande passo para minha noção de aprendizado e educação. Me fez perceber, de vez, que nada é mais forte que o exemplo e o discurso. Ter uma rotina das refeições com sua família, tornar a criança acostumada com os alimentos certos e ensinar porque ela não pode comer certas comidas em certos horários, surte mais efeito que obrigá-la a se alimentar com brigas e pressão. Um filho ver os pais lendo, compartilhando de leituras e estudos desde sempre e instigado a ser curioso em aprender coisas novas, não precisará ser obrigado a ler e fazer as tarefas da escola. Da mesma forma, se uma pessoa é criada desde que nasce, em um ambiente em que as pessoas resolvem seus problemas com diálogo, no qual pode contar com conselhos e discussões inteligentes quando está com um problema e no qual ao invés de receber castigos, recebe ajuda para perceber que atos trazem consequências e auxílio para mudar suas atitudes, não vai querer tomar um rumo que lhe traga uma vida ruim e nem precisará usar de meios inadequados para conseguir o que quer, pois tem o que necessita: sabedoria.
Logicamente, criar um filho não é só isso, tem muitos poréns, várias exceções e situações diferentes, reações diversas. Obviamente, nenhum pai ou mãe será perfeito na criação de uma criança, pois no ser humano existem as virtudes, mas também os vícios, o erro é inerente a quem vive e não há quem não os cometerá. Também, em nenhum momento, afirmei que é fácil usar de argumentos, até porque para isso é preciso tê-los, é necessários ter sabedoria para transmiti-la, não há como doar o que não se possui. E não é fácil, educar um filho, não é nada fácil, e nunca vi alguém dizer isso. Educar, no sentido mais verdadeiro da palavra, exige dos pais que os mesmos aprendam, estudem, encontrem seus próprios erros e os corrijam o mais rápido possível, reclama energia, esforço, zelo cuidado, obriga entrega total.
Portanto, se o que se quer é chegar ao dia em que o mundo será povoado de pessoas íntegras e sábias, o método "mais fácil", não vai resolver. Se o que se quer é um mundo melhor, é preciso sim, o quanto antes, substituir a elevação das mão e da voz na criação dos nossos pequenos seres, pelo aumento de diálogo e conhecimento nestes contidos.
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