Os pais olham para seu bebezinho, babando com aquele rostinho lindo, e só pensam em apertá-lo, beijá-lo, protegê-lo de todo mal e toda a informação, pois, aquele cerebrozinho não está preparado para receber aprendizado antes da idade escolar, o que ele precisa é entretenimento com rabiscos e televisão, para ser uma criança feliz.
Mas de repente, aparece um "geniosinho" de dois anos que acerta todas as bolas nas cestas de basquete, e um de três que toca bateria incrivelmente bem ou um outro que com apenas quatro resolve o cubo mágico em pouco mais de um minuto. Prodígios! Contudo quem merece os aplausos não são as crianças (tudo bem, essas fofuras também merecem) mas seus pais, eles foram os reais moldadores de tanto talento, os que, ao invés de subestimarem seus filhos e lhe oferecerem apenas vídeos e brincadeiras para distração, entregaram aos pequenos doses de conhecimento junto das brincadeiras para serem empolgadamente saboreados a cada aprendizado.
Uma criança pequena não tem a mesma concentração de um adulto, se distrai e se entedia rápido, e não deve ser sobrecarregada de informação. Contudo, ela está instintivamente em busca de conhecimento que a leve a sobreviver e interagir, precisa apurar seus sentidos e se "especializar" nos sinais que a fará parte da sociedade.
Sendo assim, qualquer criança pode, se estimulada da maneira certa, surpreender com um potencial de aprendizado enorme, sem deixar de ser criança, já que aprender não significa deixar de brincar, se sujar, dormir, se lambuzar, pelo contrário, essas pequenas criaturas, conhecem e descobrem o mundo, exatamente dessa maneira, leve e gostosa, cheia de emoção, cheiros e gostos, que é ser criança.