Eu queria
muito estar errada, queria muito estar chorando à toa. Mas meu coração não
estaria doendo tanto se eu não soubesse, lá no fundo, que o quebrei de novo.
Dizem que, quando a gente precisa pesar muito é porque, na realidade, a gente
sabe a resposta e só não quer aceitar.
É, eu ainda
não aceitei.
Eu ainda
estou querendo acreditar nas minhas lembranças como se elas pudessem ser mais
do que isso. Ainda estou buscando motivos para me convencer de que tudo que
você me disse foi mais do que da boca pra fora. Que aquele sorriso lindo e toda
aquela disponibilidade, reciprocidade, não acabaram e que você está, somente,
passando por um momento difícil e não quer me envolver nisso, porque não sabe
como fazer isso.
Ainda estou
tentando me dizer que vale à pena tentar, que é preciso ter paciência, e que
essa fase vai passar e eu não precisarei esquecer seu cheiro e o toque dos seus
lábios. Porque eu realmente ainda quero aqueles olhos me olhando e todo aquele
senso de humor me fazendo rir.
Sua foto ainda
me dá frio na barriga e, por isso eu ainda quero pensar que nem todas as
pessoas são iguais e que as frases prontas dos textos que li não se encaixam em
você. Que é só o seu jeito (e o seu mapa astral).
E eu ainda
espero, que esse ainda fique no passado como uma amostra do que acontece quando
a ansiedade toma conta e não mais uma prova de que minha intuição estava certa,
outra vez.
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