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quinta-feira, 31 de julho de 2014
Baile com a vida
quarta-feira, 23 de julho de 2014
A imortalidade dos mortais
A morte, como tudo que se desconhece, parcial ou completamente, é um tabu, no entanto, estive sempre ciente de que não há porque temê-la, de que ela é natural, e vai acontecer para todo mundo. Sempre ouvi minha mãe me dizer que a morte é covarde e sempre joga a culpa em algo, seja uma doença, acidente, crime ou idade, e, por mais que ela não seja uma estudiosa da área, sei que esta certa, pois a morte chega para todo mundo, é uma verdade inquestionável.
Nós, achamos que conhecemos a "Lei natural da vida", na qual os mais velhos morrem antes, os filhos enterram os pais. Mas é isto mesmo? Para a morte não há idade, morrem bebês, crianças, adolescentes, jovens, adultos, idosos, todo o tempo. A lei natural da vida é que todos encontrem o fim do seu ciclo. E ninguém sabe o tamanho do seu ciclo, sendo assim, não tem como saber quando chegará ao final.
John Green escreveu em "A culpa é das estrelas", "Alguns infinitos são maiores que outros", e a vida está realmente repleta de infinitos, feitos de pequenos momentos, mas que são imortais em nossas memórias. Alguns infinitos são tristezas que parecem que não vão terminar nunca, outros são alegrias tão intensas que parecem que nunca terão fim, há infinitos escondidos no sabor de uma comida que será sentido, talvez, apenas uma vez, numa roupa que te fez perceber a beleza que há em você e no sol que renasce todos os dias, mesmo por trás das nuvens. Há infinitos guardados na rotina e na quebra dela. Ninguém provou se há infinito além desta vida. O que todos sabem é que neste planeta, qualquer coisas que nasce, morre. Sejam as plantas, os animais terrestres, aquáticos, sejamos nós, os meros mortais.
Ao mesmo tempo, há a famosa frase "Nada se cria, tudo se transforma". Uma semente que morre, deixa lugar para uma flor, que por sua vez, murcha e vira adubo para aquele solo que lhe acolheu, para que se acolha outra vida no local, que também cumprirá seu ciclo. E assim, com todos os elementos do globo: um dá lugar ao outro, se transforma em outro, morre, mas morre com a importância de dar continuidade ao ciclo da vida.
A nossa sorte, é que não precisamos morrer para uma flor crescer no coração de alguém, ou padecer para adubar o conhecimento. E também, certamente, quando o nosso fim chegar, não será em vão, certamente, não seremos exceções, nossa morte também será parte importante neste ciclo. Nos transformaremos, seja numa lembrança boa, numa imortal saudade, numa motivação sem igual ou um exemplo que tratá o sucesso para alguém.
quarta-feira, 2 de julho de 2014
Com "M" de Mulher e não "C" de Corpo
Definitivamente não é qualquer um que consegue enxergar a beleza de uma Mulher. Digo isso porque é muito fácil encontrar, pela rua, caras que são atraídos pelas bundas e peitos à mostra e cabelões compridos. Mas é difícil quem enxergue além disso.
Isso não é um julgamento, pelo menos não uma categorização de quem está certo ou errado, ou separando belezas em patamares diferentes. Pelo contrário, sou a favor de todas as belezas. Também não acredito que os caras que enxergam "de verdade" uma Mulher, não fiquem atraído pelas curvas do seu corpo. Só acho que é bobagem uma mulher querer ganhar a atenção ,justamente, dos caras que SÓ pensam com a cabeça de baixo, dos que quando olham um ser do sexo feminino enxergam um corpo e não uma Mulher.
Até poderia dizer que não tenho nada contra as mulheres que se sentem bem assim, sendo alvo das cantadas alheias, mas estaria mentindo, pois sou contra a superficialidade. Particularmente, não me sinto só um corpo, me vejo como uma pessoa, e vejo da mesma forma os outros seres humanos. Gente. Com tanta beleza que é um desperdício deixar de apreciar cada detalhe.
Gosto de elogios. Na verdade, sou uma pessoa que se alimenta deles. Gosto muito de ouvir palavras de motivação, reconhecimento, etc. Sou vaidosa. E sou exigente. Meu ego precisa de muito mais que um assovio de pedreiro (desculpa o clichê, nada contra a classe) para me sentir elogiada. Ao mesmo tempo, que pra saber que sou linda, só preciso me olhar no espelho. E não é narcisismo. Eu acredito que qualquer pessoa deveria se achar linda ao ver sua própria imagem, não há motivo para que se pense diferente disso. É um dever e uma necessidade se amar, pelo que se é. E eu me amo pelas minhas atitudes. Minha beleza é feita delas. Uma roupa sozinha é só uma roupa, um corte de cabelo é só um corte de cabelo. A maneira com que cada um carrega isso é que os torna belos.
E é por isso que eu gosto de ser apreciada pelo que eu mesma não enxergo, por mais do que eu mesma posso ver. Pelo jeito que me visto, que me maquio, me arrumo, como demonstro quem eu sou. Me sinto nas nuvens quando alguém aprecia meu trabalho e fico, completamente apaixonada por mim e pela vida, quando alguém percebe em mim uma virtude que ninguém mais tinha percebido antes. Pois isto é enxergar o tão peculiar que há no belo.
Portanto, eu creio, que mesmo no primeiro olhar, é possível enxergar mais que a beleza superficial. É possível encontrar beleza nos jeitos, jeito de olhar, andar, falar, sorrir, se portar, balançar o cabelo, etc. Sendo utopia ou sendo poucos os que tenham essa capacidade, sendo sonho ou não, é desse tipo de pessoa que eu quero chamar atenção quando sair na rua, pois é assim que me sinto respeitada, e respeito é um direito de todos.
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